Morre Sergio Mendes, astro da música brasileira, aos 83 anos
Causa da morte não foi divulgada pela família do músico
Morreu, nesta sexta-feira (6), o pianista e principal nome do samba-jazz Sergio Mendes, aos 83 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Segundo o jornal “O Globo“, a família não divulgou a causa da morte, mas Sergio enfrentava complicações de problemas respiratórios.
O brasileiro é recordista de entradas no Hot 100 da Billboard. Em 1968, alcançou o 4º lugar com “The Look of Love”. Em 1983, voltou à mesma posição com “Never Gonna Let You Go”.
Veja outras entradas de Sergio Mendes no Hot 100:
- “Mais que nada” (#47, 1966);
- “Constant Rain” (#71, 1967);
- “For Me” (#98, 1967);
- “Night and Day” (#82, 1967);
- “The Fool on the Hill” (#6, 1968);
- “Scarborough Fair” (#16, 1968);
- “Pretty World” (#82, 1969);
- “(Sittin’ On) the Dock of the Bay” (#66, 1969);
- “Wichita Lineman” (#95, 1969);
- “Rainbow’s End” (#53, 1983);
- “Olympia” (#58, 1984);
- “Alibis” (#29, 1984).
Sergio Mendes é, como diria o presidente Lula, uma jabuticaba (lembram: ele usou a fruta como exemplo de coisas que aconteciam somente no Brasil).
O pianista e bandleader, morto nesta-sexta-feira, de causas não reveladas, aos 83 anos, criou uma mistura especial de bossa nova e samba jazz aliado aos ritmos americanos que, embora tenha sido muito imitada, jamais superou ao seu criador. Ele tocou nada menos para quatro presidentes americanos e influenciou de pianistas como Diana Krall ao rapper will.i.am, com que lançou o disco “Timeless”, de 2006.
O músico nasceu Sergio Santos Mendes a 11 de fevereiro de 1941, em Niterói, cidade do estado do Rio de Janeiro. Ele ainda era um jovenzinho quando passou a frequentar o Beco das Garrafas, tradicional reduto da bossa nova. Foi ali que sepultou de vez o desejo de se tornar um astro da música erudita para cair no cancioneiro popular.
Sergio Mendes montou o Sexteto Bossa Trio, que passou a excursionar pelo exterior com músicos do primeiro escalão do jazz. O grupo tem pelo menos um disco essencial –”Você Ainda não Ouviu Nada”, de 1964. Neste mesmo ano, Sérgio Mendes migrou para os Estados Unidos.
Ele atuou como principal divulgador brasileiro nas terras americanas e no resto do mundo. Tocou para nada menos do que quatro presidentes americanos e trabalhou na divulgação de diversos artistas nacionais no exterior –entre eles Edu Lobo e Marcos Valle.
Sua versão para “Mas que Nada”, de Jorge Ben Jor, está entre as mais tocadas no mundo inteiro. Em 1992, trabalhou em colaboração com Carlinhos Brown no disco “Brasileiro”, que rendeu à dupla um Grammy na categoria World Music. A dupla voltaria a trabalhar na trilha sonora do desenho “Rio”, de Carlos Saldanha.
