Morre Hélio Delmiro, um dos maiores guitarristas do Brasil, aos 78 anos
Músico tocou ao lado de Elis Regina, João Bosco, Clara Nunes, entre outros
Um dos mais respeitados guitarristas do Brasil, Hélio Delmiro morreu nesta segunda-feira (16), aos 78 anos, em Brasília. A informação foi confirmada por Leila Gallucci, produtora musical que organizou um evento no ano passado para ajudá-lo. A causa da morte não foi divulgada.
Em 2024, após passar mal em um show em São Paulo, o músico diabético foi diagnosticado com problema renais que exigiam hemodiálise. Na época, ele ficou internado por cerca de dois meses no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Após o episódio, Delmiro passou a fazer hemodiálise em Ceilândia, três vezes por semana.
O carioca morava em Brasília e tinha três filhos.
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Trajetória de Hélio Delmiro
Delmiro é considerado um dos maiores guitarristas do mundo e começou sua carreira na música aos 14 anos. Em 1967, ele tocou no Conjunto 3-D ao lado de Gusmão (baixo), Nelsinho (bateria), Antônio Adolfo (piano), e os cantores Beth Carvalho e Eduardo Conde.
O carioca estudou jazz e técnicas eruditas e, assim, tornou-se um músico de estúdio muito requisitado. Entre as suas gravações mais famosas, destaca-se a participação de Delmiro no LP “Elis e Tom”, disco lendário da MPB.
Durante a carreira, ele integrou a banda de grandes nomes do país como João Bosco, Clara Nunes, Elis Regina, Milton Nascimento, Nana Caymmi e Djavan. Além disso, o guitarrista gravou com nomes internacionais como Sarah Vaughan, no álbum “O Som Brasileiro”, em 1977.
No ano seguinte, o guitarrista participou do I Festival de Jazz Montreux (SP), em duo com Luiz Eça. Nessa época, ele ficou entre os cinco maiores guitarristas do mundo no ranking da revista “Down Beat”.
Durante quatro anos tocou com Milton Nascimento e gravou vários discos como “Milton ao Vivo” e “Caçador de Mim”.
O disco instrumental “Samambaia”, gravado ao lado de César Camargo Mariano, é um dos maiores clássicos da música brasileira
Em seu último trabalho, Delmiro lançou em 2025 “Certas coisas”, gravado com Augusto Martins. O trabalho composto por 12 faixas foi o primeiro álbum de Hélio desde “Compassos”, de 2004.
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