Mariah Carey mostra por que é diva diante de público emocionado em São Paulo
Cantora se apresentou nesta quinta (20), no Allianz Parque
Neva no telão e, embora não seja Natal, Mariah Carey surge, perfeita, no palco do Allianz Parque, em São Paulo, na noite desta sexta (20). Pontualmente às 21h, ela abriu o show com “Love Takes Time” e conduziu a plateia, emocionada, num coro fácil.
A apresentação –a primeira que ela fez no Brasil nesta passagem e que será seguida por outra no Rock in Rio, no próximo domingo– teve muitos hits. “Emotions”, “I’ll Be There”, “Hero”, “Always Be My Baby”, “Without You”, estavam todos lá.
Foi uma espécie de “Eras” de Mariah, para fãs que tiveram poucas chances de vê-la antes por aqui. A artista reuniu músicas de seus vários álbuns, mas acabou fazendo passagem rápida por alguns sucessos, montando pot-pourris que terminaram rápido demais.
Foi um show cronometrado de uma hora e meia. Com pausas a cada 15 minutos, em que ela deixava o palco, na maior parte das vezes para voltar com um novo figurino. Bailarinos e seus backing vocals tentavam entreter o público. Às vezes, imagens antigas de sua carreira passavam no telão.
Mariah é a personificação da diva. O cabelo cai em ondas perfeitas, a pele maquiada lindamente, grandes cílios. Unhas feitas, joias brilhando, salto alto. Ela não sua, não se despenteia, está sempre impecável em vestidos glamourosos, brilhantes, a maioria longos.
Mas não confunda o jeito comedido e elegante com falta de energia. Mariah tem A VOZ. E ela é suficiente. Até demais. E assim Mariah carregou o público do Allianz com ela, do começo ao fim. Embora tenha conversado pouco com a plateia, repetiu diversas vezes como se sentia feliz de estar no Brasil e declarou amor aos fãs, arriscando algumas poucas palavras em português.
O show terminou com “We Belong Together”, provavelmente um de seus maiores sucessos de todos os tempos. As luzes do estádio se acenderam e, poucos minutos depois, quando muita gente já saía, ela voltou. E cantou a queridinha dos brasileiros, “I Want to Know What Love Is”.
A sensação geral, no fim, foi de que faltou música. Todo mundo tinha uma favorita que não entrou no repertório. Todo mundo queria mais. Mas no caso de Mariah prevaleceu o ditado popular: o que é bom dura pouco.