Liniker: ‘Só artista branca, de cabelo loiro, é lida como artista pop’
Cantora apontou racismo na indústria musical
Liniker foi a convidada do podcast “Segue o Som”, apresentado por Pietro Reis, e desabafou sobre como a indústria pop nacional trata artistas negros dentro do genero. A cantora celebra nesta semana o primeiro aniversário de “Caju”, seu segundo álbum solo.
Para Liniker, artistas pretos que trabalham com a música pop tendem a ter suas músicas colocadas em subgêneros. “Afropop ou qualquer outra nomenclatura que as pessoas escolhem para velar o racismo delas”, desabafa.
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A cantora ainda reforça que sua ideia sobre a música pop é sobre justamente popularizar o afeto, e ela entende que seu som tem sido consumido dessa forma, tanto pelo público que faz parte da comunidade LGBTQIA+ —como a própria Liniker— como de outros gêneros, sexualidades, nomenclaturas e por aí vai.
“Pop pra mim é popularizar o afeto e a gente sair desse lugar que só artistas brancas, com milhões de seguidores e cabelo loiro é lida como cantora pop no Brasil. A travesti preta também é”.
O primeiro ano de Caju
Para celebrar o aniversário de “Caju”, Liniker está preparando um show especial no Doce Maravilha, que acontece nos dias 27 e 28 de setembro no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, com dois palcos e mais de 40 artistas de diferentes regiões do Brasil.
Para a apresentação, Liniker reuniu um time de peso: participam do show Pabllo Vittar, Amaro Freitas, Priscila Senna, Lulu Santos, Melly e BaianaSystem.