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Em favor de Toninho Geraes, Justiça mantém decisão contra Adele por plágio

Em favor de Toninho Geraes, Justiça mantém decisão contra Adele por plágio

Aos poucos, compositor mineiro vai tendo vitórias em caso contra a britânica

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A liminar que determina a remoção da música Million Years Ago, de Adele, das plataformas digitais foi mantida pela Justiça. A canção é alvo de uma acusação de plágio do samba Mulheres, composto por Toninho Geraes. A decisão foi proferida nesta sexta-feira (10) pelo juiz Antônio da Rocha Lourenço Neto, da 6ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

O magistrado também rejeitou um pedido da Universal Music Publishing Brasil, representante da artista britânica no país. A editora havia solicitado que fosse realizado um depósito de R$ 1 milhão como garantia para evitar prejuízos caso o processo fosse indeferido posteriormente.

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“Não faz sentido exigir caução quando, de um lado, há um compositor simples e, do outro, uma grande gravadora e uma artista como a Adele”, declarou Deborah Sztajnberg, advogada de Toninho Geraes, ao O Globo. “Isso é o que chamamos de “jus sperniandi”, uma tentativa desesperada de argumentar quando não há defesa consistente”.

A advogada também destacou que a música de Adele já deveria ter sido retirada do Spotify, YouTube e Deezer, conforme a ordem judicial. Contudo, até o momento, a canção permanece disponível nas plataformas.

“Com a decisão reafirmada, os responsáveis serão notificados novamente. Já estamos cobrando a multa pelo descumprimento, que é de R$ 50 mil por dia. O compositor já sofreu prejuízos consideráveis, pois a liminar nunca foi cumprida”, afirmou Sztajnberg.

Tentativa de acordo fracassada

Em dezembro, uma reunião de conciliação foi realizada entre Toninho Geraes e representantes da Universal Music Publishing Brasil. No entanto, o encontro terminou sem avanços, frustrando o sambista e sua equipe jurídica.

“Foram quase quatro horas de audiência. Quando você convoca uma reunião para discutir um acordo, é esperado que apresente uma proposta. Mas, no fim, eles declararam que não havia possibilidade de conciliação”, explicou a advogada de Toninho.

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