Em livro, Britney Spears desabafa sobre período de tutela: ‘Eu não merecia’
Cantora de 41 anos escreveu autobiografia, que será lançada no final de outubro


Mais trechos da autobiografia de Britney Spears foram divulgadas pela revista “People” nesta quinta-feira (19). A cantora de 41 anos afirmou que se sente enojada ao lembrar como foi tratada pela família.
“Treze anos se passaram comigo me sentindo como uma sombra de mim mesma. Olho agora para meu pai e seus associados controlando meu corpo e meu dinheiro por tanto tempo, e isso me faz sentir mal”, escreveu.
“Pense em quantos artistas masculinos gastaram todo o seu dinheiro. Quantos tiveram problemas de abuso de substâncias ou de saúde mental”.
“Ninguém tentou tirar o controle de seus corpos e dinheiro. Eu não merecia o que minha família fez comigo”, desabafou.
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A cantora de “Hold Me Closer” foi colocada sob tutela em 2008 após um colapso público. Seu pai, Jamie Spears, foi removido como conservador de sua propriedade em setembro de 2021, e a tutela foi encerrada dois meses depois.
O tempo de Britney sob o controle de seu pai continuou a enfrentar escrutínio, já que ela afirmou que foi um período traumático, enquanto Jamie mantém que agia no melhor interesse de sua filha.

Feminilidade e infantilização
No livro “The Woman in Me”, ela diz que foi “roubada” de sua liberdade durante o período e frequentemente se viu presa entre a idade adulta e a adolescência, porque a tutela tirou “sua feminilidade” e a transformou “em uma criança”.
“A mulher em mim foi reprimida por muito tempo. Eles queriam que eu fosse selvagem no palco, do jeito que me diziam para ser, e um robô o resto do tempo”, disse.
“Eu sentia que estava sendo privada daqueles bons segredos da vida. Aqueles pecados fundamentais de indulgência e aventura que nos tornam humanos”, continuou Britney.
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“Eles queriam tirar a singularidade e manter tudo o mais rotineiro possível. Isso foi a morte para minha criatividade como artista.”
Sob a tutela, ela perdeu sua faísca criativa, com sua paixão pela música e pela dança se tornando “quase uma piada”.
“Me tornei mais uma entidade do que uma pessoa no palco. Sempre senti a música em meus ossos e em meu sangue. Eles me roubaram isso”, escreveu.