Em celebração ao amor, Belo guia multidão no The Town
Pagodeiro, dos cantores mais populares do país, é embaixador do palco Quebrada
Ele assume-se como um “grande romântico”, como disse em conversa com a Billboard Brasil. Neste domingo (14), então, Belo passou uma hora celebrando o amor durante seu show no The Town. Responsável por lotar o palco mais distante do festival, ele foi a última atração do Quebrada, do qual é embaixador —ele foi um dos pontos fortes do co-irmão Rock In Rio, quando este promoveu o palco Favela.
Nascido e crescido na periferia da Zona Sul de São Paulo, Marcelo Pires Vieira viu no presente recebido do pai, um cavaquinho, a oportunidade de ter uma profissão. Passou a tocar e cantar na década de 90 nos bares de sua comunidade, pouco tempo depois destacando-se no pagode a nível nacional.
Hoje, aos 35 anos de carreira, ele voltou simbolicamente à quebrada.
Louvando o amor, não deu espaço para pausas. Mandou inúmeros sucessos em sequência para um público que celebrava como em um culto: cantando alto, batendo palmas e dando mãos ao irmão ao lado. O show também contou com participações do Coral de Heliópolis (em “Noites Traiçoeiras” —canção que, em 2006, fez tocar em alta rotação também por causa da participação de Padre Marcelo Rossi) e de Nico Rezende, arranjador presente em discos de nomes pop como Cazuza e Lulu Santo —Belo chamou-o de mestre, chegando a andar de mãos dadas pelo palco.
Mas o auge mesmo foi em canções como “Pra Ver o Sol Brilhar” (2006), “Tempo de Aprender” (1999), “Pura Adrenalina” (2011)e “Maçã do Amor” (1997), algumas das mais celebradas por um público que viu um artista grato pela oportunidade que bateu em sua porta para que representasse a periferia preta brasileira junto com demais artistas do funk, rap e samba que passaram pelo mesmo palco.
