Cover de Madonna e treta com Ximbinha: a história de Patrícia Hellen
Cantora é um dos destaques do ritmo paraense
Com mais de quatro décadas de carreira, a vocalista da banda Xeiro Verde, Patrícia Hellen é um dos grandes nomes do brega e da música paraense. Mas sua trajetória musical teve início antes mesmo do nascimento. O pai de Patrícia Hellen era responsável por uma das mais tradicionais aparelhagens de Belém, a Xavante.
Em entrevistas, a cantora conta que desde pequena frequentava eventos de brega e sempre teve o incentivo familiar para seguir carreira na música. Ainda na infância, ela foi convidada para fazer cover de músicas de Madonna e Xuxa na TV Cidade, a TV local da capital paraense.
“Eu queria ser artista. Eu era muito para frente, gostava do universo de artista, de aparecer na TV”.
Treta com Ximbinha
Patrícia Hellen é uma espécie de embaixadora do brega, mas conta que encontrou resistência dentro da Calypso. Mais precisamente com Ximbinha, ex-guitarrista e líder da banda
Em entrevistas, a cantora faz vários elogios a Joelma –que estrela uma das capas da Billboard Brasil #8, ao lado de Xand Avião– porém diz que seu ex-companheiro tinha dificuldades em dar espaço para outros grupos do Pará.
“O problema é que ele não deixou ninguém fazer o seu. Você não é obrigado a ajudar, mas ele poderia não prejudicar. Certa vez, fomos ao Recife fazer show. E soubemos que ele dizia que se outra banda fosse tocar em tal lugar, eles [Calypso] não voltavam mais. E o contratante precisa escolher –e acabava escolhendo a banda mais famosa”, explica.
Patrícia Hellen e a banda Xeiro Verde
Símbolo do berga e também com destaque no tecnomelody, a banda Xeiro Verde tem mais de dez álbuns lançados e é destaque no Norte e Nordeste brasileiro.
O trabalho mais recente do grupo, “Ao Vivo no Bregaço”, lançado abril deste ano, conta com sucessos como “Não É O Fim” e”Brega do Rubi”.
No entanto, em várias entrevistas, Patrícia Hellen diz que graças a banda Calypso, o brega do Pará conseguiu furar a bolha do Estado.
“Foram tantos caminhos até chegarmos aqui, tantas lutas, muita dedicação e muito amor à música. Espero que possamos contribuir ainda por muitas décadas com a música paraense.”