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Coachella: virou hype criticar, mas festival entrega shows incríveis e zero perrengue

Coachella: virou hype criticar, mas festival entrega shows incríveis e zero perrengue

Segredo para curtir festival é vivenciar boa parte das atrações que ele oferece

Avatar de Sérgio Martins
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Uma grande aventura musical. Essa ainda é a experiência de quem vive o Coachella. Criado há quase um quarto de século na cidade de Indio, na California, o festival tem como atrativo principal reunir os grandes nomes das mais diferentes vertentes musicais do showbiz. Prince, Beyoncé, Paul McCartneyRage Against the Machine e Madonna, por exemplo,  estão entre os ídolos que passaram por esse clube de polo que, por alguns dias, se torna a casa do festival.

Embora os headliners não sejam mais tão grandes como já foram, os shows ainda são incríveis. É importante confiar na curadoria e se abrir para ver apresentações maravilhosas, independentemente de ser fã ou não de determinada banda. Costumo dizer que, quando o line up não tem nomes que para você são muito conhecidos, aí, sim, o festival vai ser legal. Você vai conhecer novos artistas que podem virar seus preferidos.

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Muito se falou sobre o Coachella ter perdido o hype, seja justamente pela ausência desses grandes nomes, ou mesmo pela invasão de influenciadores, mas com certeza essa é uma opinião de quem não frequenta o festival.

Os influenciadores estão lá, mas o público não abandonou o desejo de ouvir boa música boa e viver experiências inesquecíveis –e isso o Coachella entrega com louvor. Eventos de música são bons para ir com a cabeça aberta. Uma dica de quem está indo ao festival pela décima primeira vez: experimente o máximo que puder. Acompanhei o crescimento do evento e digo, com toda propriedade: é impossível estar aqui e não se apaixonar. Com certeza o Coachella não é mais o mesmo de 10 anos atrás –nem você é o mesmo. Sāo nove palcos impecáveis com o que há de melhor na atualidade no mundo da música, em todos os gêneros, além de gigantescas obras de arte espalhadas pela paisagem de tirar o fôlego. E o melhor: se você pensar em um festival sem perrengue, com certeza vai se lembrar do Coachella.

Só neste ano eu pude (re)conhecer Britanny Howard (ex-Alabama Shakes) com sua combinação de blues, rock e soul; a rapper Ice Spice e o indie rock dos Bleachers (e juro que nem sabia que Taylor Swift estava na plateia). Pude acompanhar a evolução de Tyler the Creator, que trouxe para o palco uma superprodução à altura de seu talento, e a dupla francesa Justice, que superou muito a performance que conferi no Circo Voador, em 2008. No mesmo horário do A-Teez (coreanos fenômenos mundiais) estava rolando a DJ americana Honey Dijon e a queridinha dos hipsters Suki Waterhouse, além de Lana Del Rey e do já citado Justice. No Coachella, é só escolher.

Os encontros são um espetáculo à parte. Mesmo porque eles nunca são anunciados previamente para o público. Lana Del Rey com Billie Eilish, que também cantou com Childish Gambino, e No Doubt com Olivia Rodrigo. E ainda apostam que Young Marley (o  filho da cantora Lauryn Hill) trará uma reunião dos Fugees.

O Coachella continua hoje com atrações como Khruangbin, Ludmilla, Folamour, Lil Yatchy, Jhené Alko e Doja Cat.

O mais bacana do festival é que não necessariamente você conhece todos os artistas, mas com certeza vai adorar descobri-los (ou mesmo ouvir aquela música que você adora, mas não sabia que era desse artista). Você faz seu próprio festival, dentro do Coachella. E quem fala mal é porque não está aqui para vivê-lo.

*Ricardo Brautigam é diretor criativo e sócio-fundador do Festival Rock the Mountain

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
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