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Busted avalia jornada musical e ‘competição’ com McFly entre fãs brasileiros

Busted avalia jornada musical e ‘competição’ com McFly entre fãs brasileiros

Trio hit no Reino Unido desde os anos 2000 veio ao Brasil pela 1ª vez

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Busted

O anúncio de uma única apresentação do Busted no Brasil – a primeira da carreira – surpreendeu muita gente.

A banda britânica formada por James Bourne, Matt Willis e Charlie Simpson é relativamente desconhecida em território nacional – mas, apesar de estarem apenas testando as águas brasileiras, eles já navegam há décadas na popularidade entre o público britânico.

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Lançado em 2002, o Busted acumula dois Brit Awards e quatro singles que debutaram em primeiro lugar nas paradas do Reino Unido.

Apesar de não entrarem na lista, “What I Go To School For” e “Year 3000” são os hits mais conhecidos do grupo, posteriormente regravados pelos Jonas Brothers.

Na primeira “temporada” do trio em atividade, eles lançaram dois álbuns que venderam mais de 5 milhões de cópias no mundo. Para Billboard Brasil, os integrantes deram detalhes da trajetória, de novidades futuras e da relação dúbia com o público brasileiro.

Competição?

No Brasil, o trio é mais conhecido pela associação de longa data com o também britânico grupo McFly. Isso porque Tom Fletcher, Danny Jones, Harry Judd e Dougie Poynter – já veteranos em turnês brasileiras – iniciaram a carreira quase como um “braço” do outro grupo.

Ambas as bandas têm grandes sucessos que são fruto de uma parceria entre James e Tom antes mesmo do McFly nascer, em 2003.

Em 2004, o McFly ganhou relevância no Reino Unido justamente após uma participação em uma turnê do Busted.

Essa, como conta James, é uma história que passa constantemente por um processo de apagamento. Esse processo, inclusive, marca os primeiros contatos fortes do grupo com o público brasileiro, do qual o músico admite sentir receio.

“Fãs brasileiros de McFly parecem não gostar de nós por algum motivo. Alguns são tranquilos, respeitosos, mas outros… É algo muito estranho, e eu vivi bastante isso na época do McBusted”, diz.

Busted
Busted (WENN/Reuters)

O projeto ao qual o cantor se refere é a junção das duas bandas em um supergrupo, que aconteceu entre 2013 e 2015 sem a participação de Simpson.

Na época, o Busted estava há oito anos em um hiato – e, segundo o músico, isso criou uma espécie de ilusão acerca do contexto do supergrupo.

“Muita gente agia como se aquilo fosse um projeto de caridade do McFly para mim e para o Matt, mas não foi isso”, declara.

Ainda mais incisivo, Willis afirma que o projeto deu o fôlego do qual o quarteto precisava.

“Eles não estavam nas paradas há anos”, diz o baixista, se referindo ao fato de que, mesmo na ativa, o McFly já não despontava nas paradas desde 2008. Com o álbum de estreia do McBusted, porém, eles voltaram.

Em 2015, as bandas retomaram caminhos separados e o Busted deu fim no hiato, surpreendendo o público. O que se seguiu foi uma sequência de novas conquistas para o trio, e um período de inatividade do quarteto que durou até 2020.

A amizade entre todos permanece e, agora, eles estão prestes a fazer uma nova parceria: a turnê “McFly vs. Busted”, que alimenta a “rixa” entre os fãs e acontecerá em 2025.

Apesar do receio, o trio esbanja empolgação pela primeira vinda ao País. “Eu sempre tive certeza de que nós viríamos, só não sabia quando”, brinca James, conhecido pelos fãs por afirmar que viria ao Brasil desde 2010.

Para Willis, a graça está em conferir a “fama” que o público brasileiro tem. “Nós sempre ouvimos todos os artistas que vêm para cá dizerem que esse é o melhor lugar, que é tudo diferente. Estávamos ansiosos para ver isso”, declara.

Tom Fletcher, Dougie Poynter, James Bourne, Danny Jones, Harry Judd e Matt Willis
Tom Fletcher, Dougie Poynter, James Bourne, Danny Jones, Harry Judd e Matt Willis (PA Images/Reuters)

Retorno triunfal

A vinda do grupo ao Brasil era algo que nenhum dos três sequer imaginava quando, em 2016, Matt e James se reuniram com Charlie.

No passado, o vocalista foi quem tomou a decisão de sair do trio, algo que culminou na extinção do Busted. Anos depois, ele mudou de ideia e eles decidiram dar uma nova chance à banda sem saber o que esperar.

James e Charlie afirmam que a volta ao estúdio após uma década de separação – desta vez sem estar sob o olhar vigilante da antiga gravadora, a Island Records – promoveu sintonia. Inspirados e livres, eles compuseram o primeiro álbum da carreira, do qual todos ficaram igualmente orgulhosos.

O “Night Driver”, álbum de “reestreia” do Busted e o terceiro da carreira, surpreendeu os fãs com uma sonoridade totalmente diferente.

Segundo o trio, ele provavelmente não é o que o público esperava, mas simbolizou um momento com o qual os três sonharam. “Queríamos fazer algo que pudéssemos ver dali a cinco anos e ainda ter orgulho. O ‘Night Driver’ é um estouro”, orgulha-se James.

A “segunda temporada” da banda também foi marcada por uma grande conquista pessoal para Matt. Após anos de luta contra a dependência química e mais de uma internação, o músico está sóbrio – e feliz em estar vivendo feitos inéditos, como a vinda ao Brasil, desta maneira.

“[Estar sóbrio] é ótimo, me sinto ótimo. Eu consigo me lembrar de tudo! É bom estar presente e não sentir que sou um peso para os outros, que irrito as pessoas. Há algumas condutas que preciso seguir para me garantir, mas isso é o que funciona para mim. Então tudo bem!”, declara.

Atualmente, o Busted voltou ao estúdio para gravar o 5º álbum de inéditas do grupo.

Após uma coletânea de melhores hits – e uma versão que inclui parcerias com bandas como Hanson, Jonas Brothers e Simple Plan –, eles buscam um som diferente, algo semelhante com o que aconteceu com “Night Driver”.

E, após fazer com o que definiram como “o melhor show da turnê”, já planejam também uma nova vinda ao Brasil.

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