
Em um trecho obtido pelo “The New York Times” do livro “A Mulher em Mim”, a autobiografia de Britney Spears, a cantora conta detalhes da avaliação de saúda mental e reabilitação que foi submetida em 2018, ainda durante o período que julgamentos começavam a acontecer a respeito de sua tutela.
“Meu pai disse que, se eu não fosse, teria que ir para o tribunal e ficaria envergonhada”, Britney se recorda, acrescentando que ele ameaçou fazê-la parecer uma “idiota”.
Além de ser medicada com lítio na instituição, a cantora afirma que só tinha direito a uma hora de televisão antes de dormir às 21h. “Eles me mantiveram trancada à força por meses”, escreve. “Não podia sair. Não podia dirigir um carro. Tinha que doar sangue semanalmente. Não podia nem tomar banho sozinha. Não podia fechar a porta do meu quarto.”
O movimento #FreeBritney
Foi lá, em uma clínica de reabilitação em Beverly Hills que custava US$ 60.000 por mês, que Britney diz que uma enfermeira mostrou a ela trechos de fãs que representavam o movimento viral #FreeBritney, que questionava a necessidade da tutela da cantora. “Foi a coisa mais incrível que já vi na vida”, conta. “Acho que as pessoas não sabiam o quanto o movimento #FreeBritney significava para mim, especialmente no início.”
Os documentários
Ela escreve que “parecia que todo dia havia outro documentário sobre mim em mais um serviço de streaming”, e afirma que foi difícil vê-los. “Entendo que todos tinham boas intenções, mas fiquei magoada por alguns amigos antigos terem falado com os cineastas sem me consultar primeiro.” Ela acrescenta: “Houve muitas suposições sobre o que eu devia ter pensado ou sentido.”
O fim da tutela
Quando seu pai foi removido como seu tutor, pouco antes do fim do arranjo, “senti um alívio me inundar”, escreveu. “O homem que me assustou na infância e dominou minha vida na idade adulta, aquele que fez mais do que qualquer um para minar minha autoconfiança, não estava mais no controle da minha vida.”
Quando ela recebeu a ligação de seu novo advogado, Mathew S. Rosengart, informando que a tutela havia sido oficialmente encerrada, Britney conta que estava em um resort em Tahiti.
No entanto, a cantora permanece emocionalmente abalada pelo pós-tutela, escrevendo sobre seu contínuo afastamento de grande parte de sua família. “As enxaquecas são apenas parte dos danos físicos e emocionais que tenho agora que estou fora da tutela”, escreve. “Não acredito que minha família compreenda o real dano que causaram.”
Assine a Billboard Brasil e fique por dentro de tudo o que rola no mundo da música.