Após sofrer racismo, Eddy Jr. investe em nova carreira e lança disco de trap
Artista mergulha na música e exorciza sofrimentos do passado
Nesta quinta-feira (28), Eddy Jr. inicia uma nova carreira com o lançamento de seu primeiro álbum, “Bom Moço”.
Galgado no trap, o trabalho chegou com um documentário em que o artista reflete os últimos acontecimentos em sua vida.
Fenômeno do humor, ele ganhou milhões de seguidores em suas redes sociais. Em 2022, o racismo sofrido pelo artista causou impactos diretos em sua vida, saúde mental e carreira.
Parte do ocorrido foi canalizado em seu primeiro EP , “Meus Contos”, e agora o rapper quer virar a página e contar novas histórias.
“Meu sonho sempre foi seguir o caminho musical, mas a parte humorística começou a ganhar um tamanho enorme, começou a me dar visibilidade e dinheiro”, afirma.
“Depois de tudo, eu refleti bastante e acho que é hora de mergulhar de vez nesse caminho, de viver meu sonho, sabe? As pessoas que me acompanham desde o começo sabem que muitos dos conteúdos que eu fazia tinham a música presente e agora quero que isso seja o principal na minha carreira”, conta Eddy.
Criado em igrejas, aprendendo a tocar instrumentos desde cedo, incluindo bateria e órgão, Eddy vem refinando o álbum há dois anos, introduzindo camadas sonoras que buscam distanciar as seis faixas do disco o máximo possível de uma produção pasteurizada.
“Esse ano eu me privei de muita coisa para me preparar para esse lançamento. Pode ser que eu ainda faça humor, mas eu quero viver da arte da música, quero dar atenção para esse sonho”, explica.
Além da música, ele também avança na carreira como ator. Em 2025, Eddy será protagonista de uma série com dez episódios da TNT/Warner.
“Eu quero me desvencilhar dessa imagem de um cara que é apenas humorista e o lançamento do álbum faz parte disso. Na série, que é de comédia, eu sou o protagonista, então seria complicado para as pessoas dissociarem as coisas. Ela estrearia agora em novembro, mas acabou sendo adiada, então acho que as pessoas terão esse tempo para me consumir apenas como músico”, reflete.