‘American Heart’ de Benson Boone: veja as 10 faixas ranqueadas
Cantor lançou álbum nesta sexta-feira (20)
Os últimos 18 meses têm sido um foguete disparando cada vez mais alto para Benson Boone, à medida que o talentoso jovem cantor e compositor ascendeu ao status de estrela pop. Após estourar em 2024 com seu sucesso estrondoso “Beautiful Things” — ainda no top 10 da Billboard Hot 100 em sua 72ª semana na parada, após atingir o 2º lugar há mais de um ano — Boone já alcançou o top 40 da parada mais três vezes, além de alcançar o sexto lugar na Billboard 200 com o LP de estreia de 2024, “Fireworks & Rollerblades”, e levar seus shows ao vivo para arenas e quase se tornar atração principal em festivais.
Nesta sexta-feira (20), ele tenta manter o ritmo com seu segundo LP, “American Heart”. O novo set de 10 faixas e meia hora de duração é um conjunto extremamente energético de explosões de pop-rock que (apropriadamente para o título) o vê redobrando suas recentes explorações no synth-rock do coração de Bruce Springsteen via The Killers. Os singles de estreia “Sorry I’m Here for Someone Else” e “Mystical Magical” — ambos já top 30 da Hot 100 — são bastante indicativos da direção-geral de Boone com o set, otimista, vigoroso e cheio de detalhes de produção que tornam as músicas imediatamente satisfatórias e dignas de serem exploradas com atenção.
No geral, “American Heart” deve adicionar combustível suficiente ao set ao vivo de Boone para mantê-lo dando cambalhotas durante todo o verão e no outono.
Abaixo, veja como a Billboard classificou as 10 músicas do novo LP, que certamente será um fator importante nas paradas nas próximas semanas.
10. “Momma Song”
“Momma Song” é claramente uma música importante para Benson — ele passou muito tempo no palco de seu recente festival Governors Ball, em Nova York, falando sobre ela e sobre o quanto a família significa para ele — e é difícil não se emocionar ao menos um pouco com ele implorando aos pais para compartilharem “memórias de quando você era jovem e de quando se apaixonou” por ele. Chegando à metade de “American Heart”, porém, é um pouco destruidora de ritmo, e as cordas grossas, o piano e a bateria em um refrão já pesado podem fazer com que a música toda pareça um pouco demais para ser ouvida repetidamente.
9. “Take Me Home”
A balada climática de “American Heart” é uma canção de amor perdido bastante eficaz — talvez mais uma canção de amor deslocado, na verdade — com piano elétrico, uma dinâmica de última hora e alguns detalhes líricos inteligentes (“Estou feliz em ver que seus olhos não mudaram nada/ Eles sempre pareciam um pouco mais verdes no outono”), ajudando a evitar que as coisas fiquem piegas demais. Mas os versos envolventes da música são um pouco prejudicados por um refrão relativamente sem graça e um título que era muito mais divertido nas mãos de Phil Collins e One Direction.
8. “Mr. Electric Blue”
Sendo a segunda faixa de “American Heart”, “Mr. Electric Blue” impulsiona o álbum a um ritmo acelerado com seu crescendo de sintetizadores na abertura, batida imponente e vocais vibrantes. Mas a faixa não se torna um destaque do álbum por sua letra um tanto confusa, que parece descrever um personagem-título que é uma mistura estranha de “Ziggy Stardust”, “Bad, Bad Leroy Brown” e “Mr. Blue Sky”, e nunca deixa seu propósito narrativo particularmente claro. (O mesmo pode ser dito do videoclipe divertido, porém exagerado, da música, que passa tanto tempo piscando que começa a parecer uma contração involuntária.)
7. “Wanted Man”
Com uma batida arrastada, guitarra rápida e backing vocals ofegantes, “Wanted Man” alcança um groove pop-rock pomposo que lembra Adam Lambert — o que é um toque musical bastante forte para as habilidades de Boone. O sentimento do refrão de “Você está me fazendo sentir como se eu fosse desejado/ Você está me fazendo sentir como um homem procurado” talvez precisasse de um tempero extra, mas o nonsense neoglam dos versos combina muito melhor: “Dois olhos como metralhadoras/ Querida, imite as armas em mim.”
6. “Young American Heart”
“You stole my American heart” é uma declaração séria que poderia, compreensivelmente, provocar reviravoltas de olhares dos céticos de Benson Boone, mas, ao final do álbum, ele a mereceu — principalmente porque a batida do piano na música mantém o sangue fervendo o tempo todo e porque, como sempre com Boone, ele a canta com sinceridade. Também ajuda o fato de os versos da música atingirem um verdadeiro pânico jovem-adulto que transcende a estrutura de cantores óbvios da música: “Você e eu, estamos vivendo em tempos loucos / E eu fico com tanto medo de nunca chegarmos aos 20 anos / E perdermos tudo por nada.”
5. “I Wanna Be the One You Call”
A mais sensual das canções de Benson Boone em American Heart, “I Wanna Be the One You Call” convence com uma guitarra indie do início dos anos 2010, bateria acelerada, uma mudança de tom bem sincronizada e, sim, backing vocals mais ofegantes. Os destaques incluem a pausa em “I wanna be the name you scream/ When you need… anything” e a maneira como Boone se inclina para sua insistência em “I just need your nummmmmmber”, antes de seguir com a quase piada: “…if you have a phone”.
4. “Reminds Me of You”
A bateria desacelera sem relaxar em “Reminds Me of You”, que troca os sintetizadores habituais do álbum, inspirados no Killers, por um brilho mais Mac DeMarco, com resultados impressionantemente sedutores. Enquanto isso, as letras são algumas das melhores do álbum, com Boone revisitando um conceito lírico já conhecido com detalhes vívidos o suficiente (“Uma caixa de cartas escritas na minha mesa de cabeceira com uma foto Polaroid do seu peito/ Quando estou dirigindo meu carro para os mirantes/ Consigo sentir seu perfume nas saídas de ar”) para você não se importar. E uma “parada” na ponte antes da música voltar? Nunca é uma má ideia.
3. “Sorry I’m Here for Someone Else”
O single principal que deixou claro que as ambições pop de Boone se multiplicaram para o segundo álbum, “Sorry I’m Here for Someone Else”, tem quase o suficiente em sua produção explosiva e estrutura sinuosa para evocar o saudoso Brian Wilson. Fica um pouco aquém do auge do perfeccionismo deste último, terminando um refrão muito cedo e deixando escapar um pouco de impulso demais com sua dinâmica inicial de pausas e recomeços — mas, por outro lado, é improvável que Wilson tivesse a coragem de incluir um verso em que cantava vários apelos de “Brian, não faça isso!” para si.
2. “Man in Me”
Sintetizadores subaquáticos, la-las harmonizados, baixo suavemente saltitante, uma batida propulsiva de bumbo e caixa e, sim, mais uma vez com os vocais de apoio ofegantes — “Man in Me” é irresistível mesmo antes da entrada de Benson Boone. Mas ele leva a música mais pulsante de American Dream a outro nível no refrão, com letras de traição propositalmente dramáticas (“You really made me bleed/ Blood on these ivory keys/ You killed the only part of me I ever liked”) que ele claramente está se divertindo demais apresentando para que você realmente leve a sério. É como uma “As It Was” mais comprometida e uma escolha óbvia para o próximo single do álbum.
1. “Mystical Magical”
Pode nunca alcançar o sucesso de “Beautiful Things”, mas é difícil argumentar que “Mystical Magical” não parece o single definitivo de Benson Boone neste momento. É o equilíbrio perfeito entre a arte pop séria de Boone e seus impulsos mais fantasiosos: “Moonbeam ice cream” pode, compreensivelmente, receber toda a atenção antes do refrão, mas o verso funciona tão bem quanto o que é seguido pelo muito mais pé no chão (mas igualmente eficaz) “Taking off your blue jeans/ Dancing at the movies”. Quando decola para o refrão pontuado por sintetizadores “It feels so mystical, magical”, você está disposto a ir aonde quer que ele te leve, seja terrestre ou extraterrestre — o sinal mais seguro de um verdadeiro astro pop em ação.
[Esta lista foi traduzida da Billboard dos EUA. Leia a reportagem original aqui.]
