Rodrigo Lima, do Dead Fish revela que não gostava de Planet Hemp: ‘Era contra’
Vocalista esteve presente na celebração de 30 anos do Planet Hemp em São Paulo


Rodrigo Lima nem sempre foi fã do Planet Hemp. O vocalista da banda Dead Fish foi um dos convidados da gravação do show de 30 anos da banda em São Paulo na última quinta-feira, 11. No entanto, em entrevista à Billboard Brasil, Rodrigo contou que era contra o discurso pró-legalização da maconha da banda carioca.
Ele destaca que a prisão de Marcelo D2 e companheiros em 1997 fomentou a discussão sobre a descriminalização da erva –coisa que aconteceu apenas no mês passado. Na ocasião, o Planet estava sendo perseguido pelas suas performances. Shows haviam sido cancelados e CDs recolhidos das lojas. O ápice da tensão entre a polícia e o grupo aconteceu em Brasília, onde foram presos por apologia às drogas e liberados após cinco dias.
“Eu era muito ‘anti’ a parada, não gostava da banda. Aí quando eles foram presos a discussão sobre maconha ficou forte na nossa cena de punk e hardcore no Espírito Santo, graças a eles. Hoje eu entendo o quanto a pauta era atual naquela época e agora é super relevante”, conta Rodrigo.
O vocalista ressalta que maconha não é a única pauta pertinente que o Planet Hemp levanta:
“Não é só sobre maconha. Tem uma questão política no entorno. Guerra às drogas, racismo, distribuição de renda, falta de igualdade. A maconha é só um começo,” finaliza.
30 anos de Planet Hemp
O Planet Hemp celebrou seus 30 anos de história em São Paulo no Espaço Unimed na última quinta-feira (11). O grupo estava muito bem acompanhado: Rodrigo Lima (vocalista do Dead Fish), Pitty, As Mercenárias, Criolo e até o gringo Mike Muir, vocalista do Suicidal Tendencies, fizeram participações especiais.
