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Retomando carreira no rap, Will Smith não disse a que veio no Rock in Rio

Retomando carreira no rap, Will Smith não disse a que veio no Rock in Rio

Astro de Hollywood escolheu o Brasil para limpar sua imagem

Avatar de Liv Brandão
O cantor Will Smith no Rock in Rio

É bem verdade que ninguém mais liga para a bofetada que Will Smith deu em Chris Rock em pleno Oscar de 2022 –a não ser a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, que o baniu da cerimônia por dez anos. Maaaaas… impossível não pensar que a repentina retomada de sua carreira de rapper, abandonada em detrimento de uma multimilionária empreitada como ator, tem mais a ver como uma jogada de relações públicas do que com ambições artísticas. E o Rock in Rio foi orgulhoso o outdoor dessa campanha de limpeza de imagem.

Anunciado de última hora como artista-surpresa do festival, mas com a pompa e a circunstância que a família Medina a-do-ra, Will Smith apresentou meia dúzia (mesmo) de hits. O que foi bastante didático para toda uma geração que não assistiu às incontáveis reprises de “Um Maluco no Pedaço” na TV aberta e se acostumou a vê-lo apenas nos cinemas. Sim, tem muita gente que não sabia que o marido de Jada, pai de Jayden e de Willow, havia começado no rap.

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E como músico Will conquistou coisas tão grandes quanto no cinema: ele foi o primeiro rapper a ganhar um Grammy, em 1989 (ainda como Fresh Prince, ao lado do DJ Jazzy Jeff, por “Parents Just Don’t Understand”). Emplacou hits como “Gettin Jiggy With It”(nanananananana) e “Bad Boys”, maaaaas… ensanduichado entre os shows de Charie Puth e Gloria Groove (que acabou sendo atrasado), Will voltou ao Brasil –onde veio inúmeras vezes divulgar seus filmes como “MIB”– para mostrar que… continua preso nos anos 1990.

Por 30 minutos e acompanhado de um catatau de bailarinos e do grupo vocal local Cariocanto, Will enfileirou sucessos do passado, versou em português, citou “Magalenha”, do já saudoso Sérgio Mendes (pelo menos foi bem melhor que a manjada “Garota de Ipanema”, lembrada por Puth), esbanjou seu tão alardeado carisma, chamou um sósia ao palco, maaaaas… não mostrou a que veio. Nem mesmo seu primeiro single desde 2005, o gospel-motivacional “You Can Make It” e toda sua narrativa de superação, típica de quem passou por maus bocados, conseguiu convencer.

Do mesmo jeito que Will Smith surgiu no Rock in Rio, ele foi embora. O único rastro que ele deve deixar serão os clipes que mostrarão o astro se apresentando para um público tão grandioso quanto a bilheteria de seus filmes, nessa tal tentativa de limpar uma barra que nem está mais tão suja assim.

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