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Tomorrowland Brasil: um Tiësto tiozão mas de pen-drive e conexões atualizados

Tomorrowland Brasil: um Tiësto tiozão mas de pen-drive e conexões atualizados

Considerado um dos melhores DJs do mundo, o holandês espancou o EDM com carinho

Tiësto

No último show do palco Mainstage do Tomorrowland Brasil 2023, na madrugada fria da última sexta-feira (13), o holandês Tiësto tinha duas missões: acalentar um bando de novinhos enlameados e provar para os mais velhos que ele ainda é o mesmo DJ que fazia todo mundo comprar as coletâneas “As 7 Melhores da Pan” dos anos 1990.

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A apresentação pode ter sido o último vislumbre do festival, que teve seu segundo dia cancelado por causa das agressivas condições meteorológicas (ou falta de proatividade no contato com o Cacique Cobra Coral).

Se Afrojack meteu um “Nova Geração” (clássico do funk carioca que diz “eu sou o Jonathan da nova geração”) e a dupla Sunnery James e Ryan Marciano enfiou o clichê “Baianá”, da banda de percussão corporal Barbatuques e remixada dezena de vezes por DJs gringos, o holandês foi menos carismático. O que não significa que o encerramento do primeiro dia não terminou lá pra cima.

O set de Tiësto no Tomorrowland atualizou a imagem do artista no Brasil. Suas últimas produções percorrem a obra de The Weeknd, Charlie XCX e Karol G. E foi com elas que o DJ deu uma esquentada em um público que lotava o Parque Maeda e que era contemplado com fogos de artifício, papéis picados, fumaça e perfumarias visuais diversas.

Durante a performance, o ouvinte mais atento ouviu Dido (em “Thank You”), Post Malone (no remix para “Sunflower”) e viu o DJ se despedir com os violinos cafonas de “Adagio For Strings” e os da banda The Verve (no remix do holandês chamado “Bittersweet Goodbye”, com a qual encerrou a apresentação). Parte do público, aliás, não entendeu muito a simpática e esperta inserção de “Let’s Go 4”, set do DJ GBR com MC Davi, MC Don Juan, MC GH do 7, MC GP, MC Kadu, MC Luki, MC PH, MC Ryan SP e TrapLaudo — o funk paulistano seria amarrado a “Epic”, do holandeses Sandro Silva e Quintino até chegar em uma acapela de “Can’t Feel My Face”, de The Weeknd.

Não foi o show mais animado do primeiro dia de rave do Tomorrowland, mas serviu para lembrar que o holandês, eleito três vezes como o melhor do mundo, continua dominando os caminhos do eletrônico comercial — e assim o faz misturando tudo o que é possível: do drum and bass ao tech house.

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