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Tecnologia e liberdade foram cruciais para trajetória do Avenged Sevenfold

Tecnologia e liberdade foram cruciais para trajetória do Avenged Sevenfold

Banda se apresenta no Rock in Rio no dia 15 de setembro

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Avenged Sevenfold

Com mais de três bilhões de visualizações no YouTube, o Avenged Sevenfold sabe bem da importância das redes sociais e plataformas de streaming para a indústria da música. Uma das atrações do Rock in Rio, a banda de metal se consagrou como referência no gênero e quer usar as tecnologias para se aproximar cada vez mais do público.

” Às vezes, quando você tem momentos virais, eles podem ser ruins. Você tem essas flutuações loucas e pensa que tem 15 milhões de ouvintes mensais e depois, quando o viral acaba, você tem sete. Algum desses ouvintes é fã de verdade?”, reflete M. Shadows, vocalista do Avenged Sevenfold.

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“Certamente você vai conquistar alguns, mas é uma métrica inflacionada e louca e, no final das contas, quando você olha para trás, a invenção da TV, do rádio, da internet, todas essas coisas foram esses obstáculos que os artistas precisam navegar”, analisa.

A banda é uma entusiasta da Web3, focada em propriedade digital, descentralização de dados e uso de criptomoedas.

“Você pode ter propriedade sobre seu público, ter propriedade sobre o que faz e conseguir que as redes corporativas diminuam o foco apenas na coleta de dados. No final das contas, você não pode basear sua carreira nesses tipos de oscilações virais”, diz o cantor.

Questionado sobre a liberdade dentro da banda, M. Shadows afirma que a trajetória foi baseada na autonomia desde o começo, em 1999.

“Nosso empresário fez algo muito inteligente ao nos dar controle total dentro dos nossos contratos. Nossos discos não podiam ser engavetados. Não precisávamos tocar o álbum para ninguém antes de entregá-lo. Nós simplesmente estávamos seguindo nosso próprio caminho, nossa própria bússola do que queríamos fazer. Mas o mais emocionante foi que a indústria da música foi completamente desmantelada pelo Napster e pelo streaming”, explica.

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“O mundo mudou. Qualquer um pode fazer música; tecnologia, IA, todas essas coisas são ferramentas agora para qualquer um fazer música. E o que acontece é que há um monte de pessoas com medo porque sabem que estar em uma grande gravadora não faz tanta diferença como antes”.

“Quando vejo pessoas reclamando do Spotify e reclamando do streaming, isso parece tão arcaico e louco para mim que eu nem quero me envolver com isso. Ou você quer estar onde a bola está ou onde a bola vai estar, como disse Wayne Gretzky [ex-jogador de hóquei no gelo], e para mim isso é empolgante”, acrescenta.

Onde o Avenged Sevenfold estará na próxima década? M. Shadows responde: mais focados do que nunca.

“Solidificando nossas vidas, equilibrando turnês e família. Acho que a banda está ficando cada vez melhor. Os músicos, eu e o vocal, todo mundo está aprimorando seu ofício. Me empolga a maneira como lançamos música, os meios pelos quais lançamos música, web3, blockchain, royalties fracionados para fãs. Acredito que em 10 anos estaremos do lado certo da história.”

O Avenged Sevenfold se apresenta no Rock in Rio no dia 15 de setembro.

Avenged Sevenfold
Avenged Sevenfold (Brian Catelle/Divulgação)

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