Sum 41 abre o jogo sobre fim da banda e turnê de despedida
Grupo lançou último álbum nesta sexta-feira (29), cheio de pop-punk
Após 30 anos, o Sum 41 se aproxima de um marco: seu fim. Lançado na sexta-feira (29), “Heaven :x: Hell” chega como o oitavo e último projeto da banda.
“O título não representa apenas a luz e a escuridão sonoramente do álbum. Para nós, isso tem sido toda a nossa carreira”, diz o vocalista Deryck Whibley à Billboard News. “Foram altos extremos e baixos extremos e a única maneira de continuar é se você ama o que está fazendo.”
Ao longo da carreira, o Sum 41, indicado ao Grammy, teve dois álbuns de sucesso na Billboard 200 (“Chuck” de 2004 e “Underclass Hero” de 2007), enquanto seu maior sucesso “Fat Lip” se tornou sua única entrada na Billboard Hot 100, alcançando o 66º lugar.
“Heaven :x: Hell” chega como o primeiro álbum duplo da banda, narrando a linha tênue que eles percorreram entre o pop-punk mais animado e o rock e metal mais impactantes.
Como a banda confirma, ter esses dois lados nunca foi uma escolha consciente, com Whibley dizendo que eles nem mesmo começaram a fazer algum tipo de disco.
“Muito disso foi por acidente”, ele diz. “Logo que entramos em lockdown, comecei a receber ligações de gravadoras, empresários e artistas pedindo para eu escrever algumas músicas para eles, e todos estavam pedindo algo mais voltado para o pop-punk. E não fizemos pop-punk há muito tempo… Foram uns 16 anos. Escrevi cerca de sete ou oito músicas, e quando as ouvi, percebi que realmente gostei delas e não queria entregá-las para ninguém.”
E agora, este álbum, e a iminente turnê de despedida da banda, que se estende até 2025, irá, de forma engraçada, ajudá-los a enfrentar o fato inegável de que o fim está próximo.
“Agora, parece 2001 para nós quando estávamos começando, sendo empurrados e puxados para todos os lados”, diz Jason McCaslin.
Whibley acrescenta: “Acho que vai ficar mais estranho à medida que nos aproximarmos dos últimos shows”, os quais ele sugere que misturarão seus maiores sucessos com os favoritos dos fãs e, é claro, algumas das novas músicas.
“Como banda inteira, sinto que estamos no auge”, diz Tom Thacker. “É quase uma pena. Nunca estive em uma banda tão afinada e mentalmente sintonizada uns com os outros.”
Quando perguntados se este é de fato o último disco e turnê, os olhos de cada membro se abrem, embora Whibley garanta que seja.
“As pessoas dizem: ‘Você tem certeza de que quer chamar isso de último disco?’ Eu vi Elton John seis vezes na minha vida, apenas na turnê de despedida”, ele ri, acrescentando que não será o caso para o Sum 41.
“Todos sabíamos que ninguém ia escrever nossa história, exceto nós”, continua ele. “Me lembro que nos primeiros dias quando as pessoas diziam ‘Esta banda vai acabar no próximo ano’, ou ‘Um sucesso passageiro’ quando tivemos nosso primeiro hit. Eu sempre pensei, ‘Você não pode escrever nossa história. Vamos dizer quando estivermos saindo de cena’.”