Raça Negra tem trajetória de 40 anos homenageada no ‘Som Brasil’
Programa vai ao ar no dia 5 de junho após 'Renascer' na Globo
No começo dos anos 1980, quando o pagode –na sua versão mais contemporânea até aquela época –, como um gênero originado a partir do samba, ganhava cada vez mais popularidade, um grupo da Zona Leste da cidade de São Paulo encontrou sua própria maneira de colocar composições carregadas de romantismo em harmonia com os sons de instrumentos como surdo e pandeiro: o Raça Negra.
“Eu acho que é um som próprio. Eu não sei o que é ‘Raça Negra’, só sei que pegamos a música e tocamos do nosso jeito, no nosso ritmo”, revela Luiz Carlos, vocalista, em entrevista concedida a Pedro Bial no “Som Brasil” que vai ao ar no dia 5 de junho, após “Renascer”, na Globo.
O programa celebra a notável trajetória de 40 anos do grupo, marcada por histórias que traduzem seu sucesso, como um show em São Paulo, em 1995, no Vale do Anhangabaú, que reuniu cerca de um milhão e meio de pessoas, e a entrada da música ‘Tarde Demais’ no Guinness Book daquele mesmo ano por tocar, num único dia, 600 vezes nas rádios.
Imagens inéditas dessa época, bem como dos primeiros shows, são resgatadas no especial. O vocalista recorda a infância, o trabalho anterior à música, num jornal, e, finalmente, o surgimento do Raça Negra.
“Para a escolha do nome, depois do futebol a nossa resenha era num bar. Estávamos lá e falei ‘escrevam no papel um nome para a banda, e alguém escreveu ‘Raça Negra”.
Outros assuntos são as parcerias musicais com outros artistas, como Roberto Carlos e Cazuza, e encontros com Jorge Ben Jor, Tim Maia e Pelé; projeção internacional; referências e ídolos, como Neguinho da Beija-Flor e Alcione; e as histórias de algumas composições, a exemplo “Cheia de Manias”, que tem um solo de violino inspirado na nona sinfonia de Beethoven.
O “Som Brasil” traz ainda um show com participações de Neguinho da Beija-Flor na música “Talismã”, e Xande de Pilares em “Cheia de Manias”. O setlist é composto por outros sucessos como “Jeito Felino”, “Que Pena”, “Maravilha” e “Cigana”.