Projeto ‘anti-funk’ é retirado de votação na Câmara dos Vereadores de Campinas
Proposta chegou a ser aprovada na segunda-feira (25)


Após ser aprovada em primeira votação nesta segunda-feira (25), o projeto ‘anti-funk’, do vereador Nelson Hossri (PSD) foi retirado da Câmara de Vereadores sem maiores informações do porquê.
Após intensos debates em plenário e controvérsias nas redes sociais, o vereador-autor do PL, que visava proibir músicas com letras que fazem apologia ao crime ou uso de drogas nas escolas de Campinas, decidiu retirar a proposta da pauta.
Contrário a proposta, o vereador Gustavo Petta (PcdoB) afirmou que o PL é inconstitucional e que a Câmara tem assuntos mais urgentes para serem discutidos, como a crise na saúde e explosão de casos de dengue. “O projeto é cretino, porque ele coloca a população contra a escola. O projeto é inócuo. O projeto dialoga com a censura”, ressaltou.
O coletivo de funk Dz9, formado por MCs e funkeiros de Campinas, lançou uma carta manifesto após a aprovação em primeira votação. Na carta, o coletivo lembra que o funk pode ser “a única opção de vida, porque não encontram na escola o acolhimento que encontram na cultura, seja na música, ou na forma de se vestir”.
Campinas, considerada por muitos historiadores a última cidade a abolir a escravidão, aprovou em primeira votação uma lei "anti-funk" para a educação pública e privada.+ pic.twitter.com/4zPxsPkZoh
— Thiago Alves de Souz (@mcthiagson) March 19, 2024