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Preta Gil e sua eterna imensidão se tornam legado
Preta Gil (Billboard Brasil)

Preta Gil e sua eterna imensidão se tornam legado

Cantora é a homenageada do WME Awards by Billboard 2025

Se é verdade que cada pessoa tem uma missão na face da Terra, a de Preta Gil foi realizar seus sonhos, viver seus amores e dar régua e compasso para quem estivesse por perto. Sua generosidade é uma das suas características mais destacadas por quem teve a chance de conviver com a múltipla artista. Múltipla, sim, Preta é daqueles seres com mais de um talento e que teve coragem de se dedicar a mais de uma carreira. Cantora, atriz, apresentadora, escritora, empresária, produtora, publicitária, criadora de conteúdo.

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Preta Gil

Este mês, esse percurso múltiplo e corajoso ganhou um novo reconhecimento: Preta Gil é a grande homenageada do WME Awards by Billboard, celebração que há nove anos valoriza o talento feminino na música brasileira e que teve a artista como embaixadora e apresentadora desde a primeira edição. A escolha reforça como sua trajetória se transformou em um manifesto de diversidade, acolhimento e representatividade — valores que dialogam diretamente com a essência do prêmio e que ecoam muito além de uma noite de festa.

Preta Gil ousou, ela tirou suas ideias do papel, as colocou em prática e assim fez história. Nos anos 1990, iniciou sua carreira como publicitária na empresa DM9, ao lado do empresário Nizan Guanaes. Anos depois, seria uma das sócias-fundadoras da Dueto Filmes, em parceria com a cineasta Monique Gardenberg

“Era o boom dos videoclipes e juntas produzimos, brincando, muita coisa linda de Ivete Sangalo, Caetano Veloso, Marina, Barão Vermelho, Martinho da Vila, Arnaldo Antunes, de É O Tchan”, lembra Monique.

“Depois, Pretinha quis viver aquilo tudo na pele, realizar sua tão evidente vocação artística. Estive ao seu lado nos primeiros passos. E Pretinha seguiu brilhando. Visão, seu maior dom. Amizade e alegria, seu grande ensinamento.  Preta segue aqui comigo, pra sempre”, afirma sua ex-sócia e amiga de toda vida.

Preta Gil em seu último show ao lado pai Gilberto Gil na turnê "Tempo Rei"(Arquivo pessoal)
Preta Gil em seu último show ao lado pai Gilberto Gil na turnê “Tempo Rei”(Arquivo pessoal)

E, antes mesmo que o Brasil aprendesse o termo, Preta desabrocha como uma das primeiras nepobabies do país. Filha de Gilberto Gil, afilhada de Gal Costa, sobrinha de Caetano Veloso e criada em uma casa onde a música atravessava sala, cozinha e quintal, ela cresceu entre acordes, vozes, risadas, improvisos, genialidade e liberdade criativa.

E, mesmo fazendo sucesso na publicidade, tomou a decisão que mudaria sua vida mais uma vez: seria cantora. E chegou com toda sua ousadia. Mas Preta entendeu desde cedo que privilégio exige responsabilidade. O fato de ser filha de quem é e afilhada de Gal deixou a sua escolha mais pesada, porque críticos a comparavam o tempo com seu pai e com sua madrinha. Ela estudou artes e canto e decidiu investir em sua paixão. Era um risco, ela assumiu o desafio. 

Seu primeiro CD se tornou um marco na cena artística, pois, além das músicas, trouxe à tona a discussão sobre corpo livre. Antes mesmo do conceito de gordofobia ser formulado e debatido, o disco “Preta-à-Porter” provocou o país a pensar sobre o direito de uma mulher fora dos padrões se sentir bem com a sua imagem e ter a ousadia de posar nua. Preta passou a ser convidada para entrevistas falando da sua coragem em mostrar seu corpo. A imagem de Preta sorridente e segura de si, pode ser considerada uma das primeiras imagens a abordar o empoderamento feminino. 

Ivete Sangalo, uma das melhores amigas, revê o momento em que Preta colocou em prática o desejo da música que tanto amava: “Aquela Preta de alguns agora era a Preta de todos. Como ela gostava disso. Ser amada era tudo que ela mais queria. E conseguiu, mal sabendo ela que as gargalhadas e a sua alma tão iluminada já estavam predestinadas a alimentar e colocar luz na vida de quem a conhecesse”.

Preta Gil no Bloco da Preta (Arquivo pessoal)
Preta Gil no Bloco da Preta (Arquivo pessoal)

Revolucionária

Preta era questionada o tempo todo sobre seu corpo, seu talento, suas escolhas, mas seguia firme em suas decisões. Afinal, aprendeu cedo que a melhor forma de contornar obstáculos era dando seu showzinho. Essa lição veio da infância. 

Nascida no Rio, criada na Bahia, alfabetizada em Salvador, ela aprendeu a ler soletrando com sonoridade nordestina. O J é ji, o L é lê, o M é mê, e o R é rê. Ao falar assim na escola carioca, virou motivo de piada. Todo mundo queria assistir ao jeito estranho que ela falava. Mas Preta transformou escárnio em espetáculo. Subia num banco e repetia o alfabeto com orgulho. Virou atração da escola. E gostou disso! 

A artista nunca escondeu que adorava aparecer, como bem recorda sua irmã Marília Gil. “Eu lembro muito dela assim com uns 5,  6 anos. Todo mundo acordava pra escola, e ela fazia drama, dizia que estava mal, com febre, dor de cabeça. Ficava em casa e, logo depois, estava toda montada, de bailarina cor-de-rosa ou fantasiada de Mulher-Maravilha, com plumas, salto alto, dançando e cantando na frente do espelho. Uma graça, linda, sempre artista”, revela. 

E essa não foi a única vez que Preta transformou a tentativa de escárnio em um grande espetáculo. Ao decidir que seria cantora, Preta teve seu talento questionado. A resposta? O sucesso! Sua música “Sinais de Fogo” virou hit, e o Bloco da Preta virou um fenômeno do Carnaval do Rio de Janeiro, chegando a arrastar um milhão de pessoas. Depois, foi mostrar sua força em outras praças. O público abraçou Preta Gil. Não se tinha mais dúvidas de que ela era cantora, mais uma vez, ela deu seu showzaço! 

Preta e amigos Fe Paes Leme, Carol Dieckmmann e Leo Fuchs (Arquivo pessoal)
Preta e amigos Fe Paes Leme, Carol Dieckmmann e Leo Fuchs (Arquivo pessoal)

Talento de descobrir novos talentos

Preta também tinha o dom de enxergar talentos nas pessoas e oferecer oportunidades de crescimento. Soraya Rocha, uma das maquiadoras mais respeitadas no país hoje, é prova disso. 

Ela era do fã clube da cantora e começou a atuar como sua manicure. Fazia a unha de Preta e de todo seu escritório, o que já era uma grande ajuda para se manter. Até que um dia o maquiador oficial faltou e Soraya se ofereceu para fazer a make da cantora. Para surpresa de todos, ela aceitou e adorou o resultado. A parceria se estendeu até o momento da despedida de Preta. “Preta sempre foi representação de coragem. Desde que perdi minha mãe, ela me deu a mão e me mostrou que o mundo poderia ser muito mais tranquilo, bastava eu ter coragem de enfrentá-lo”, conta Soraya.

Outro artista que foi revelado por Preta é Duh Marinho. “Era um momento muito delicado da minha carreira, ninguém me dava oportunidade, estava pensando em desistir. Até que fui a um show de Preta e ela, do nada, falou: ‘Ah, você não canta funk? Então vem aqui cantar’. Me botou no palco e eu não desci mais. Cantei em todos os seus shows e no bloco pra milhões de pessoas”, lembra. 

Os depoimentos de Duh e de Soraya sintetizam a história de centenas de pessoas que passaram pelas mãos de Petra e a tiveram como madrinha. 

A cantora Ludmilla não esconde que Preta Gil sempre foi e sempre será sua melhor amiga da cena musical. “A Preta foi a pessoa que mais me estendeu a mão. Ela me dava conselhos, me defendia, me alertava, me ensinava a me posicionar e a me proteger. Ser uma mulher preta ocupando o espaço que eu ocupo hoje no Brasil é algo muito novo. Não existia um manual, não existiam referências que trilharam esse caminho antes de mim. E a Preta foi essa referência, essa voz que me guiava quando eu não sabia como lidar com situações difíceis, quando eu não sabia como reagir ou me comportar num ambiente que nem sempre foi feito para nos acolher”, reconhece.

Além de revelar talentos, Preta fazia questão de ser ponte, de aproximar as pessoas e conectar interesses. Em suas festas, ela reunia gente diversa, de várias profissões e regiões. E, do palco, olhava e entendia quem deveria se aproximar de quem.

Grandes projetos surgiram a partir de conexões de Preta, como a agência Mynd, uma das mais relevantes da América Latina. De um encontro casual nasceu uma potência.  Em uma reunião em busca de patrocínio para seu bloco, Preta conversa com Fátima Pissarra, então sócia da Music2.

No papo, sugere que a empresária abra uma agência de marketing de influência, Fátima devolve dizendo que só faria se Preta fosse sua sócia. Ela aceitou a proposta. E, com Carlos Scappini, a dupla transformou centenas de vidas.

Pabllo Vittar foi a primeira pessoa agenciada pela Mynd, que hoje conta com mais de 400 agenciados e, em 2024, teve um faturamento de R$ 500 milhões. 

“A Preta sempre foi uma pessoa que sabia quem ia estourar e, ao mesmo tempo, queria ajudar todo mundo. Era muito participativa, acompanhava tudo, estava atenta ao que estava acontecendo. Participava ativamente dos grupos, queria gerenciar todas as crises, pensava em estratégias e, muitas vezes, ela era a pessoa mais atingida. Por ser famosa, qualquer coisa que acontecia, era a ‘agência de Preta'”, explica Fátima.

A parceria com Fátima também aproximou Preta da WME Awards by Billboard, que agora a homenageia. Na primeira edição do prêmio, em 2017, ela assumiu a vaga de hostess e afirmava, ano após ano, que o posto era seu por direito e não admitia ser substituída.

Preta Gil, Carlos Scappini e Fátima Pissarra da Mynd (Divulgação)
Preta Gil, Carlos Scappini e Fátima Pissarra da Mynd (Divulgação)

Só amor

Se existisse um título, uma honraria, sobre amizades, Preta Gil teria levado para casa. Suas relações afetuosas sempre lhe renderam admiração. “Me apaixonei por Preta no mesmo instante em que trocamos as primeiras palavras. O amor que vinha dela era tão em alto volume, que não tinha como ser diferente. Preta era a vida pulsante, uma gargalhada gostosa de quem entendia que sorrir seria sua grande cartada na vida”, revela Ivete. 

Ela não se resumia a uma amiga, quando estabelecia uma relação com alguém, se tornava família. Queria participar de tudo e participava. Opinava, apontava direções e criava uma conexão única. 

“A Preta, pra mim, desde pequenininha, teve uma luz diferente. A sua gargalhada, seu jeito de se mover no espaço, seu jeito de abraçar, seu jeito de beijar, seu jeito de dançar. Tudo nela era singular. A Preta, sem grandes ativismos, transformou a vida de muita gente e mudou o Brasil pra caramba. Eu acho ela uma das mulheres mais importantes do país”, diz a atriz e apresentadora Regina Casé

Preta Gil na escola com Amora Mautner (Arquivo pessoal)
Preta Gil na escola com Amora Mautner (Arquivo pessoal)

Suas relações sempre foram intensas, mulher de muitos amores, e foi com uma amiga que Preta entendeu o que era encontrar sua alma gêmea. Sua relação com a empresária Malu Barbosa parecia ser algo de outras vidas.

“Normalmente, quando alguém morre, a gente sente só saudade. A Preta acho que deixou todo mundo desnorteado. Porque ela era meio farol da vida das pessoas. Na minha, então, nem se fala. Ela era meu trabalho, meu lazer, minha família. Pra mim, está sendo mais difícil agora me reencontrar sem ela, sem ela aqui fisicamente, porque ela não sai do meu pensamento. Pra mim, ela era um lugar de voltar sempre pra eu saber pra onde eu vou”, declara Malu, que acabou de dar à luz Maria Tereza, afilhada de Preta. 

Diamante

Pedra inquebrantável, o diamante simboliza prosperidade, compromisso, pureza, força, eternidade, amor eterno e perfeição. E foi assim que Preta decidiu representar suas relações com alguns dos seus amigos, os “diamonds”. Malu Barbosa, Duh Marinho, Gominho e Ju de Paula, que se tornou DJ por influência de Preta, formam esse grupo inseparável. Inclusive, a última música de Preta, “De Volta ao Sol”, foi gravada com eles e seu lançamento foi realizado por Malu Barbosa e Marcelo Azevedo, empresário da Liga Entretenimento. 

“Falar de Preta é falar de amor genuíno e impulso astral de fazer o outro se conhecer”, diz Gominho. “Preta sabia como ninguém guiar as pessoas para o seu melhor. E tenho certeza que continuará a guiar, pois sua luz transcende a vida”, acredita o artista. 

Ju de Paula explica que sua relação com a cantora começou antes mesmo de se conhecerem pessoalmente. “A Preta mudou minha vida de diversas formas antes mesmo de eu conhecê-la, meu TCC foi sobre a capa do álbum dela e o impacto que ele teria na indústria anos após o lançamento. E, dito e feito, eu não estava errada. Na minha vida pessoal, a Preta me ensinou a não desistir e ir atrás das coisas que eu acreditava e que sozinha a gente não consegue nada. Que o valor da amizade, de estar impulsionando quem a gente ama, pode fazer toda e total diferença, nem que seja em algum mínimo detalhe”, diz. 

Cuidar, aconselhar, ser farol são características que quem convive com Preta sempre destaca. “Ela cuidava de mim de um jeito tão genuíno, tão amoroso, tão de irmã, que até hoje eu sinto falta desse afeto. A Preta me fez enxergar força onde eu só via medo, me fez acreditar que eu podia ir mais longe, me fez compreender meu valor”, acrescenta Ludmilla.

Família

Preta Maria Gadelha Gil Moreira, nascida em 8 de agosto de 1974, tinha um eixo absoluto em sua vida: sua família. Filha de Sandra Gadelha e Gilberto Gil, cresceu em um ambiente onde a arte era alimento, a música era idioma e o afeto era regra. Convivendo com Gal Costa, sua madrinha, e Caetano, seu tio, Preta cresceu dentro de um coração cultural pulsante.

Sua relação com os irmãos Nara, Bela, Marília, Pedro, João, Maria e Bem era de afeição, parceria e presença constante. Ela fazia questão de manter todos unidos, de puxar encontros, de garantir abraços.

Preta com Gil e irmãos (Arquivo pessoal)
Preta com Gil e irmãos (Arquivo pessoal)

“Uma das pessoas mais generosas que já conheci. Uma leoa, Preta foi uma leoa. Veio pra terra, passou por aqui como furacão de amor, de lealdade, de amizade”, define a empresária Flora Gil, sua madrasta, mentora e comadre. 

Em todo o processo da luta contra o câncer colorretal, Gilberto Gil, seu pai, fez questão de estar ao seu lado e de entregar leveza à filha. Com sorrisos, poesia e liberdade. Uma das cenas mais emocionantes da sua turnê “Tempo Rei” é quando os dois dividem, em São Paulo, no dia 26 de abril, os vocais de “Drão”, música que Gil escreveu para Sandra Gadelha durante a separação, em 1981. O músico chora emocionado ao olhar para a filha, que viria a morrer cerca de três meses depois, em 20 de julho.

“Filha querida, cheia de vida. Muito tudo que você pode imaginar de bom. E umas pitadinhas de defeitos, como toda menina baiana, ela que era carioca”, diz Gilberto Gil, usando o humor para falar da filha, que tinha a gargalhada como marca registrada.

 Com Francisco, seu filho, Preta exercia seu amor maior e não escondia de ninguém. Afirmava que era seu companheiro de vida. Sua prioridade absoluta. Preta vivia por ele e com ele, vocalista da banda Os Gilsons. E quando Sol de Maria nasceu, ela encontrou um novo tipo de alegria. Tornou-se avó entregue, doce, vibrante.

Mesmo separada do pai de seu filho, Otávio Müller, manteve com ele amizade, respeito e presença. Preta nunca excluía. Preta somava.

“Sempre fomos muito amigos, nos dávamos superbem. Na minha cabeça e na dela, era inegociável a gente não se dar bem, pois temos nosso filho. Fomos amigos até o fim. Sou casado com a Adriana há 30 anos, e Preta é madrinha da nossa filha”, revela Otávio. 

Preta e família (Arquivo pessoal)
Preta Gil e família (Arquivo pessoal)

Com Danrley Enrico, vocalista do projeto O Kanalha, Preta viveu um relacionamento sem rótulos, mas cheio de afeto e declarações. Estavam sempre juntos e não escondiam o carinho que sentiam um pelo outro. Durante o tratamento da cantora, muitas vezes, o músico saía dos seus shows direto para o hospital.

“Ela me ensinou muita coisa, dizia que era minha coach de vida, e é verdade, aprendi muito, e com ela voltei a dizer ‘eu te amo’˜, diz Enrico.

“Vejo muitas pessoas falarem o quanto fui importante pra ela, mas as pessoas não sabem o quanto ela foi importante pra mim. Ela me salvou de muita coisa mesmo. Nosso encontro foi divino e ela é a luz da minha vida.”

Referência

Quando decidiu falar abertamente sobre seu diagnóstico, anunciado em janeiro de 2023, Preta moveu o país. Sua postura, de uma coragem quase pedagógica, abriu espaço para conversas que antes eram evitadas. Ela humanizou o debate, sensibilizou famílias, despertou alertas.

“O fato de ela ter exposto a doença, trocado informações, concedido entrevistas ao longo de todo processo fez uma diferença enorme na vida de muitas pessoas”, afirma Roberta Saretta, médica oncologista, que acompanhou o tratamento da cantora. 

Hospitais relatam aumento significativo na busca por exames e diagnósticos e profissionais da área de gastroenterologia declararam publicamente que a fala de Preta salvou vidas, antecipou diagnósticos e transformou medo em ação.

Preta transformou sua dor em cuidado coletivo. Transformou fragilidade em força pública e sua experiência em ponte para que, para outros, o diagnóstico não chegasse tarde demais. Fez do próprio corpo uma bandeira de sobrevivência e de amor ao futuro.

“E o que fica, que é o mais importante, é o legado de amor e de afeto que ela transmitiu e proporcionou pra todos nós, tanto para a equipe médica, quanto aos seus amigos e às pessoas que se identificaram com ela ao longo de todo esse processo”, completa a médica.

Preta viveu como poucas pessoas têm coragem de viver: inteira, entregue, acesa. Sua partida não encerra sua história. Ela se espalha. Permanece. Vibra.

Porque a imensidão não se encerra.

A imensidão fica.

Preta Gil (Instagram)
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