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O dia em que Anderson, do Molejo, chocou cantando ‘September’ e Lady Gaga

O dia em que Anderson, do Molejo, chocou cantando ‘September’ e Lady Gaga

Relembre covers 'absurdos' que Anderson liderava à frente do grupo

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Quando o Molejo abriu os trabalhos do programa “Música Boa Ao Vivo”, extinto musical que ia ao ar sempre com três convidados, no Multishow, a platéia parecia já satisfeita com o cover de “Whisky a Go-go”, hit do Roupa Nova. Acontece que, dividindo o programa com Turma do Pagode, Os Travessos e o apresentador Thiaguinho, Anderson Leonardo (1972-2024) tinha mais cartas na manga.

Era 2014. E a internet já se deliciava com um meme que repetia o fato de o grupo de pagode ser melhor que Beatles. Quando Anderson Leonardo percebeu que seu grupo voltou ao imaginário popular com ajuda do humor, sua marca registrada desde o primeiro LP, ele aproveitou. “September”, também um meme internético, foi logo capturada para o repertório.

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Se garantindo no “embromation”, como frisaria o próprio Anderson Leonardo, o grupo parecia querer comprovar que, apesar de um hiato radiofônico que perdurou de 1998 a 2010, estava mais entrosado e bem humorado do que nunca — e que a única “cilada” de Anderson, Claumirzinho, Lucio Nascimento e Jimmy Batera era ter permitido que o compositor e percursionista Andrezinho se retirasse do Molejo.

Outros covers emblemáticos

Aproveitando a onda do meme com os ingleses de Liverpool, o grupo não se fez de rogado durante a pandemia em um pout-porri e emendou não só “Hey Jude” com “Satisfaction” dos Rolling Stones, como sobrou também para “Sweet Child’O Mine”, do Guns N’ Roses e “Despacito”, de Luis Fonzi. Quando Anderson Leonardo diz, cantando em inglês, a frase “quero ver alguém traduzir isso pro inglês” é pra perder tudo.

Mas o Molejo era muito mais do que um grupo engraçado. Considerado os maiores grupos da história do gênero, o quinteto suburbano carioca tinha dois peixinhos do samba carioca em sua formação. Anderson Leonardo, além de um bamba criado no Cacique de Ramos, era filho de Bira Haway, considerado uma lenda da produção pagodeira, sendo o responsável por álbuns de grupos como Exaltasamba, Soweto, Samprazer, Grupo Revelação, e o próprio Molejo. E, no surdo, estava Andrezinho, filho do peixe enorme da história do Carnaval carioca, o Mestre André, responsável pela “paradinha”, marca registrada da Mocidade Independente de Padre Miguel. Aqui, eles provam a genética.

E, no final, ainda tinha canja e disposição para encarar “Perfect Ilusion”, da Lady Gaga. Isso porque a canção da compositora pop continha os versos “It wasn’t love, it wasn’t love / It was a perfect illusion” combinava perfeitamente com um dos maiores hits do grupo, a canção Cilada (dos versos “não era amor (não era!) / não era amor, era cilada”).

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