Morrissey reclama de estar sendo ‘cancelado’ da história dos Smiths
Vocalista diz que a imprensa diminui sua importância dentro da banda
Vocalista e principal letrista dos Smiths, Morrissey reclama de estar sendo “cancelado” da história do grupo. Num post publicado sexta-feira passada em suas redes sociais, ele acusa a imprensa até de distorcer a biografia do grupo a fim de que a importância do cantor seja diminuída. “É a mesma coisa que diminuir a importância de Mick Jagger nos Rolling Stones.”
Existe um esforço da mídia em diminuir minha importância dentro dos Smiths”, disparou o cantor. “Mas isso não vai funcionar porque eu criei o nome da banda, os títulos das canções e dos álbuns, aa arte das capas e sou responsável pelas letras, que vieram do meu coração.”
Um dos principais queixumes do cantor é que alguns sites têm publicado que a gênese da banda está na reunião do guitarrista Johnny Marr com o baixista Andy Rourke com a gravadora Rough Trade –que posteriormente lançaria o single “Hand in Glove”. A reunião, claro, aconteceu com Johnny e Morrissey. “Andy nem fazia parte da banda naquela época”, prossegue o vocalista.
Stephen Morrissey criou os Smiths ao lado do guitarrista Johnny Marr no início dos anos 1980. Eles se tornaram um dos principais grupos de rock do planeta, com canções que traziam letras intelectuais sobre diversos assuntos –homossexualidade, política, literatura e amor– pontuadas por riffs e dedilhados criativos por parte de Marr. Eles se separaram em 1987.
Morrissey possui uma relação de amor e ódio no universo pop. Embora os leitores dos jornais e revistas de música da Inglaterra frequentemente votam nele como “o ser mais adorável do universo”, ele volta e meia solta declarações polêmicas. Já se pronunciou contra imigrantes, se opôs à vacina para combater a Covid 19 e desejou a morte do cantor de jazz pop Michael Bublé.
Em fevereiro, Morrissey deve se apresentar em São Paulo. Polêmicas à parte, é impossível desassociar suas letras e sua voz diferenciada da importância dos Smiths.