Maren Morris deixa indústria country e critica conservadorismo no gênero
Cantora, do hit "Middle", desabafou ao falar sobre indústria country dos EUA
Nesta sexta-feira (15), Maren Morris surpreendeu os fãs com o lançamento de dois singles (“The Tree” e “Get the Hell Out of Here”) e com o anúncio de que está deixando a indústria da música country.
A cantora e compositora, de 33 anos, revelou em entrevista ao jornal “Los Angeles Times” que planeja lançar canções pela Columbia Records, em vez da Columbia Nashville, daqui para frente.
“Acho que gostaria de queimar tudo e começar de novo”, disse Maren. “Mas [a indústria country] está se incendiando sem precisar da minha ajuda.”
Maren, dona do hit pop “Middle” se abriu sobre os desafios de defender o progresso na indústria country e ser aberta sobre suas crenças – que incluem apoiar a comunidade LGBTQIA+, defender o movimento Black Lives Matter e criticar pessoas como Brittany Kerr Aldean, mulher do cantor country Jason Aldean, por fazer comentários transfóbicos.
“Sempre fui uma pessoa que faz perguntas e desafia as coisas como são apenas por ser mulher. Portanto, isso não foi realmente uma escolha”, argumentou. “Quanto mais você avança no negócio da música country, é aí que você começa a ver as rachaduras. E uma vez que você vê, você não pode deixar de ver.”
A artista pop explicou que tentou defender a mudança, mas só descobriu que isso a tornava impopular. “Estou tentando amadurecer e perceber que posso simplesmente me afastar das partes disso que não me fazem mais feliz”, disse Maren.
“Sendo uma das poucas mulheres que teve algum sucesso nas rádios country, tudo o que você faz é visto ao microscópio. Você é mais examinada do que seus colegas do sexo masculino, mesmo quando está indo bem. Então eu tive que tirar tudo isso da minha cabeça este ano e apenas escrever músicas. Há muito do drama dentro da comunidade, optei por sair disso”.