Limp Bizkit processa Universal Music por US$ 200 milhões por royalties não pagos
Fraude, deturpação negligente e violação de direitos autorais são as acusações


O vocalista do Limp Bizkit, Fred Durst, processou a Universal Music Group, alegando a maior gravadora do mundo de reter milhões de dólares em royalties devidos à banda.
No processo, aberto em um tribunal federal na terça-feira (8) e obtido pela revista “Rolling Stone”, Durst e seus advogados alegam que a gravadora “projetou e implementou software e sistemas de royalties que foram deliberadamente projetados para ocultar os royalties dos artistas e manter esses lucros para si”.
Eles também alegam que a UMG “nunca teve intenção de pagar” a banda.
Durst afirma que a UMG deve ao Limp Bizkit até US$ 200 milhões, e o processo exige que o vocalista e a banda recebam a propriedade exclusiva dos direitos autorais de sua música.
No processo, Durst alega que, apesar do Limp Bizkit vender mais de 45 milhões de discos e ter tido um ressurgimento recente — 450 milhões de streams somente em 2024 — ele nunca recebeu um dólar em royalties da gravadora.
No início deste ano, depois que a UMG entrou em contato com o cantor sobre relançamentos de aniversário de algumas de suas músicas, Durst e sua equipe começaram a investigar mais a fundo o histórico de royalties da banda.
O vocalista e seus empresários descobriram duas contas totalizando cerca de US$ 1 milhão a pagar à banda sobre as quais a UMG nunca os informou, segundo o processo.
Eles também alegam que, embora as contas fossem pagáveis a partir de 2019, a UMG as reclassificou fraudulentamente como não recuperadas para que a empresa pudesse evitar pagá-las.
Após investigar as contas, a equipe de Durst ficou mais desconfiada, descobrindo que a empresa supostamente falhou em fornecer ao Limp Bizkit a contabilidade de royalties e custos não recuperados relacionados a vários álbuns e videoclipes da banda de décadas atrás, no auge da fama da banda.
Em agosto, a UMG pagou à Limp Bizkit cerca de US$ 1.038.321,87. O vocalista alega que a gravadora ainda não forneceu as declarações de royalties faltantes que eles solicitaram.
No final de setembro, ele e sua equipe entraram com um pedido de rescisão do contrato, alegando no processo que a banda tem uma dívida de mais de US$ 200 milhões.
A UMG não aceitou, disse o processo, deixando Durst sem “nenhuma escolha” além do processo.
As causas de ação listadas contra a UMG na reclamação incluem fraude, deturpação negligente e violação de direitos autorais, entre outras reivindicações.