Já virou desafio: os processos que Belo acumula na Justiça
Além da famosa disputa com Denilson, o cantor enfrenta batalhas trabalhistas


O histórico judicial do cantor Belo não está um mel. Após ter perdido a disputa judicial que travava com o ex-jogador Denilson, Marcelo Pires Vieira (nome de batismo do pagodeiro) tem uma boa fila de credores em busca de compensação.
O principal palco das batalhas é no âmbito trabalhista, no qual profissionais como músicos e seguranças buscam reparações financeiras por horários excedidos. É o caso da percussionista Layse Sapucahy, irmã do sambista Leandro Sapucahy, e que tocou com Belo em 2010.
Layse cobra R$ 28 mil do cantor. Além desse processo, somam-se outros 15 processos iniciados em 2013. Funcionários que prestaram serviço para o pagodeiro chegaram a participar de audiências no Ministério Público, referente aos processos trabalhistas que movem contra o artista. Belo também enfrenta ações movidas por outras pessoas com quem trabalhou, como seus ex-seguranças.
Táxi aéreo e casa da mãe
Além dos processos trabalhistas, Belo ficou na mira processual da Colt Táxi Aéreo LTDA por causa de seu casamento realizado na Candelária — e com direito a regabofe na Ilha Fiscal. A empresa cobra do cantor serviço de transporte para outro estado, por exemplo.
Em 2013, o jornal Extra chegou a publicar que a mãe do cantor, Dona Terezinha, estava sofrendo com as turbulências financeiras do cantor já que seu aluguel, em um condomínio da Barra da Tijuca, não vinha sendo pago.
Em julho de 2022, ele e Gracyanne Barbosa, sua esposa, foram alvos do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por falta de pagamento do aluguel de um imóvel em Moema, região nobre da capital paulista. O casal, que recebeu uma ordem de despejo, estaria devendo aluguéis, IPTU e contas de consumo em atraso no valor de R$ 221.159,86.
Além do pagamento da multa de rescisão contratual de R$ 46.139,85. Antes, em 2017, Belo foi processado por advogados que alegaram falta de pagamento referente a processos em que o defenderam durante oito anos. O cantor foi condenado em 2019 a quitar a dívida de cerca de R$ 40 mil. Atualmente, o valor corresponde a cerca de R$ 66 mil.
Belo x Denilson
A mais famosa disputa do cantor é com Denilson. Rendeu meme, rendeu dancinha do jogador e também mais dor de cabeça pro maior cantor romântico do país. Depois de 23 anos de batalha, a disputa começou a reverberar em outros prejudicados por Belo. Na última sexta (30), o juiz Carlo Melfi autorizou o músico Alexandre Pereira como prioritário na penhora dos valores depositados pela Abramus (Associação Brasileira de Música e Artes) referentes a direitos autorais.
Ou seja: todo o dinheiro que Denilson ganhava do processo movido contra Belo vinha dessa organização e, agora, quem terá direito é Pereira. O músico terá prioridade nos próximos bloqueios, em “crédito privilegiado de cunho alimentício”, dentro de uma ação trabalhista de R$ 205 mil movida contra Belo.
Em 2004, Belo foi condenado a pagar R$ 388 mil ao ex-jogador. Belo não reconhecia Denílson como detentor dos direitos da banda. Até o momento, a defesa do músico calcula que cerca de R$ 1,7 milhão em direitos autorais das músicas de Belo já tenham sido penhorados, recebidos por Denílson com o bloqueio nas contas do cantor nos repasses feitos pela Abramus.