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Henrique e Juliano impulsionam exportação de música brasileira

Henrique e Juliano impulsionam exportação de música brasileira

Natazinho Lima e MC Tuto também aparecem em estudo da Luminate

Henrique e Juliano (divulgação)

O mercado global de exportação de música gravada continua a evoluir, com o primeiro trimestre de 2025 revelando mudanças sutis, mas significativas, no cenário do comércio internacional.

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Os dados mais recentes do Export Power Score da Luminate — métrica projetada para avaliar a capacidade de um país de exportar música globalmente — mostram os principais países exportadores de música gravada e os maiores importadores de cada um.

Embora muitas relações comerciais familiares permaneçam fortes entre as 10 principais, diversas tendências emergentes sugerem uma dinâmica de mudança que vale a pena observar.

No ranking do primeiro trimestre de 2025, destaca-se a ultrapassagem da Suécia em poder de exportação, tornando o impulso global da música latina bastante evidente.

A ascensão do Brasil da 10ª para a 9ª posição é liderada por artistas como Henrique e Juliano (72º lugar no ranking global; 1,58 bilhão de transmissões globais de áudio e vídeo sob demanda), Natanzinho Lima (188º lugar; 834 milhões de transmissões sob demanda) e MC Tuto (196º lugar; 822 milhões de transmissões sob demanda).

O funkeiro MC Tuto
MC Tuto (Wyss Brazil/Divulgação)

Para a maioria dos países listados, os Estados Unidos continuam a desempenhar um papel dominante — aparecendo como principal importador em cinco dos nove mercados exportadores fora dos EUA.

No entanto, a presença de novos importadores sinaliza uma crescente diversificação do consumo de música em todo o mundo.

Mudanças notáveis ​​neste trimestre:

  • Filipinas aparecem como um novo terceiro maior importador de música australiana, sinalizando laços culturais e de streaming crescentes no Sudeste Asiático.
  • Argentina entra em cena como um mercado-chave para a música brasileira, refletindo uma ressonância regional mais forte e talvez o impacto da afinidade cultural.
  • Reino Unido se torna um dos três maiores importadores tanto para os Estados Unidos quanto para a Suécia, indicando o aprofundamento da influência do país.
Export Power Score da Luminate
Export Power Score da Luminate (Luminate)

O que essas mudanças sugerem

Embora as relações comerciais tradicionais — incluindo as exportações dos EUA para o Canadá e o Reino Unido ou a influência do K-pop no Japão e em Taiwan — permaneçam firmes, a presença de países como Filipinas, Argentina e Noruega nas listas dos três maiores importadores sugere uma economia musical cada vez mais global e multidirecional.

Para artistas, gravadoras e distribuidoras de serviços digitais (DSPs), isso significa mais oportunidades, mas também a necessidade de estratégias de marketing localizadas mais precisas.

À medida que nos aproximamos de 2025, ficar de olho nos mercados emergentes e nas bases de consumidores inesperadas será essencial.

O comércio internacional de música não se resume mais apenas aos principais exportadores — é uma rede vibrante e mutável de gostos globais e impulso regional.

O Luminate Export Power Rankings foi elaborado para avaliar a capacidade de um país de exportar música globalmente.

A métrica principal do Export Power Score é uma combinação de quatro pontos de dados: a classificação dos artistas em cada país com base no total de streaming sob demanda e país de origem; o número de países importando músicas de um determinado país exportador; o tamanho do streaming dos países importadores; e o número de artistas por país exportador alcançando públicos internacionais.

Natanzinho Lima foi uma das revelações da música brasileira em 2024 (Vitão/Divulgação)
Natanzinho Lima foi uma das revelações da música brasileira em 2024 (Divulgação)

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