
Ele tinha, literalmente, um celular e um sonho. Aos 15 anos, Guilherme –mais conhecido como DJ Arana– baixou um aplicativo para fazer música no celular e não parou mais. Três anos depois, ele brilha nos charts.
“Minha ficha ainda não caiu. Mas é uma felicidade enorme, nunca imaginei estar nesse patamar tão novo e com tão pouco tempo de carreira. Isso me incentiva mais”, diz Arana em entrevista para a Billboard Brasil.
Seu novo single, “Montagem Anos 2000” alcançou a 18ª posição do Hot 100. A produção no celular continua: passou de um iPhone 6 para um iPhone 14.
A vida da família de Arana também mudou. Ele deixou Itaquaquecetuba, no interior de São Paulo, e vive no Tatuapé, Zona Leste da capital paulista.
“Eu ainda não tinha saído da minha cidade, mas eu tinha conseguido me mudar para uma casa melhor, pagava o aluguel e ajudava minha mãe com as contas sempre que ela precisava”, afirma.
“Já tive uma noção que poderia mudar minha vida ali. Mas quando eu mudei para o Tatuapé, tive a certeza de que estava conseguindo. Minha meta é comprar minha casa.”
Trajetória de Arana
Antes do sucesso repentino, Arana trabalhava no Brás, região central de São Paulo. O bairro é conhecido pelas lojas de roupas com preços baixos.
“Pensava muito em desistir, mas minha mãe me ajudou muito. Até pessoas que eu nunca vi na vida me mandavam mensagem me incentivando”, diz.
“Sempre teve muita zoação, de falar que não ia dar certo. É um bagulho difícil ver que as pessoas da sua família não queriam te ver vencendo na vida”.
Hoje em dia, Arana faz cerca de 60 shows por mês. Apesar de o pai ter sido contra a carreira na música, aceitou a escolha do filho, agora com 18 anos.
“Ele não acreditava que eu ia ter show. Demorou um pouco para ele entender, mas hoje ele até ouve minha música e posta foto dos meus shows.”
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Pouco antes de atingir a maioridade, o produtor tomou a decisão de parar de beber. “Sempre fui muito tímido. Eu usava a bebida para me soltar mais. Eu parei por conta da minha saúde, comecei a ficar zoado.”
Há quase um mês, o DJ lançou “Rock Pesado 2” com 24 faixas. Além disso, sua maior referência é Travis Scott. “Tem que ver o que está estourando. Quero fazer do meu jeito, usar as referências que eu gosto. Se não estourar, tudo bem, próxima música!”.
Arana é torcedor do Corinthians e seu nome artístico faz referência a Guilherme Arana, que atuou pelo time e agora é lateral do Atlético Mineiro. “Prefiro jogar futebol do que sair de casa”, diz dando risada, mas com muita sinceridade.
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