Dua Lipa explica como escolhe covers para tocar em turnê
Cantora viaja o mundo com a turnê 'Radical Optimism'


É sempre uma surpresa divertida quando um artista faz um cover de uma música durante sua turnê, mas poucos se comparam a Dua Lipa, que já fez 56 covers surpresa desde o lançamento de sua turnê “Radical Optimism”.
“Essa foi minha ideia. Surgiu simplesmente porque eu tinha feito uma música para o [Academy of] Country Music Awards com Chris Stapleton”, disse a cantora em entrevista para a “Variety”, referindo-se à interpretação da dupla de “Think I’m In Love With You”, da estrela country, em 2024.
“Foi tão divertido que propus à banda e à equipe: como seria divertido se todas as noites fizéssemos uma música diferente? E todo mundo disse: ‘Bem, isso é bastante ambicioso!'”.
Para decidir quais músicas ela e sua banda tocariam, Dua Lipa fez uma playlist antes de cada etapa da turnê. Muitas vezes, as seleções dela e da banda correspondiam a qualquer país em que estivessem tocando em uma determinada noite.
A Austrália recebeu covers de “Highway to Hell”, do AC/DC, e “Never Tear Us Apart”, do INXS, enquanto a Nova Zelândia recebeu versões de “Royals”, da Lorde, e “Don’t Dream It’s Over”, do Crowded House.
É claro que as turnês pop modernas são igualmente marcadas por covers e convidados surpresa. De Chaka Khan a Nile Rodgers, do Chic, várias lendas incontestáveis se juntaram a Dua Lipa no palco, criando uma grande rotação de superestrelas no cenário já acelerado de uma turnê global.
“Começamos a receber convidados e ficamos um pouco mimados com a escolha porque as pessoas estavam dispostas a se juntar a nós”, observou a artista.
“Alguns [covers] são feitos no dia… Bem, não exatamente no dia”, ela continuou. “Normalmente, quando estamos na passagem de som, tocamos a música da noite e a música da noite seguinte, mesmo que tenhamos um convidado. Mas, às vezes, o tempo é essencial, e a beleza disso, e o que é tão estressante e insano, é o fato de termos um tempo muito, muito limitado para aprender todas essas músicas.”
Lançada em novembro de 2024 para promover seu álbum homônimo, que alcançou a segunda posição na Billboard 200, a “Radical Optimism Tour” encontrou Dua Lipa abraçando a natureza global da jornada ao fazer covers de músicas em diferentes idiomas, o que testou os limites de sua capacidade de maximizar sua memória muscular.
“Escolhemos ‘Na Ostri Noze’ [da cantora tcheca Ewa Farna] porque o pai de Georgie [tecladista] morou em Praga e a recomendou”, explicou ela.
“Tivemos uma pequena loucura com essa música porque ela tem duas versões. Uma em tcheco e outra em polonês. E alguns dias antes do show, tive uma sensação horrível de desânimo: ‘E se a gente aprendesse essa música inteira em polonês?’. Fiquei em pânico com isso, mas verificamos três vezes se estávamos fazendo em tcheco.”
Dua Lipa também compartilhou que escolheu certos covers com base em sua conexão pessoal com as músicas. Em seu primeiro de quatro shows no Madison Square Garden, em Nova York (EUA), ela tocou “No One”, de Alicia Keys, que ela apresentou em um show de talentos quando tinha 11 anos.
Em sua primeira noite em Toronto, no Canadá, ela optou por “I’m Like a Bird”, de Nelly Furtado, um exemplo da “Nelly pela qual me apaixonei porque o primeiro CD que comprei foi ‘Woah, Nelly!’”.
Embora Dua Lipa seja conhecida por seus sucessos pop que dominam as rádios, ela não descarta completamente a possibilidade de compilar seus covers de rock, funk e R&B em um álbum de verdade.
“Não posso revelar a resposta!”, ela brincou. A “Radical Optimism Tour” termina oficialmente em 5 de dezembro no Estádio GNP Seguros da Cidade do México.
Dua Lipa passa pelo Brasil em novembro. Ela se apresenta nos dias 15 e 22 de novembro em São Paulo e no Rio, respectivamente. Os ingressos estão à venda no site da Ticketmaster Brasil.