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Disco póstumo de Gal Costa traz diálogos musicais com diversas gerações

Disco póstumo de Gal Costa traz diálogos musicais com diversas gerações

"As Várias Pontas de uma Estrela" traz o último show da carreira da cantora

Gal Costa no Coala Festival (Ronca/ Divulgação)

No dia 17 de setembro de 2022, Gal Costa subiu ao palco pela última vez, para realizar uma performance no festival Coala, dedicado ao melhor da MPB e do pop nacionais. Pouco tempo depois, no dia 09 de novembro, ela morreria de causas não reveladas –ainda que fosse sabido que a cantora enfrentava o tratamento de uma neoplasia maligna de cabeça e pescoço.

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Zaynara (@oitereza)

“As Várias Pontas de uma Estrela (Ao Vivo no Coala)”, que chega hoje às plataformas de streaming, é um registro do que aconteceu naquela apresentação. Mais do que um disco ao vivo antológico de sua carreira –que tem, entre outras maravilhas, o clássico “Fa-Tal: Gal a Todo Vapor”, de 1971– ele traz a entrega, a força de vontade de uma intérprete em superar os problemas de saúde pelos quais estava passando. Um empenho que é demonstrado em várias faixas: “Fé Cega, Faca Amolada”, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, que abre a apresentação, e “Nada Mais (Lately)”, versão do mesmo Ronaldo para o clássico de Stevie Wonder.

O disco mostra ainda a conexão especial que Gal Costa tinha com as mais diversas gerações. O público do Coala era composto não apenas por fãs de primeira e segunda agora, mas principalmente por uma plateia jovem. Isso se deve ao fato de que, embora tenha reclamado da falta de jovens autores na música (numa entrevista que deu nos anos 1990), a cantora passou as duas últimas décadas priorizando o trabalho de novos nomes na MPB. Seja em “Hoje”, de 2005, que contou com produção de Marcelo Mariano, e trazia canções de Nuno Ramos, Peri e Junio Barreto, a “Estratosférica” (2016), onde se destacavam criações de Mallu Magalhães, Arthur Nogueira, Céu e Pupillo, entre outros. Em “As Várias Pontas de uma Estrela”, essa conexão é reforçada pela participação dos cantores e compositores Rubel e Tim Bernardes. O primeiro participa de “Como 2 e 2” e “Tigresa”, ao passo que Tim canta “Vapor Barato” e “Negro Amor”. 

A capa do disco de Gal Costa (Omar Salomão/Divulgação)

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