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Das dancinhas na infância a fã: a conexão entre Letrux e Fernanda Abreu no Vozes

Das dancinhas na infância a fã: a conexão entre Letrux e Fernanda Abreu no Vozes

Cantoras cariocas se encontram, 13 de outubro, no palco do Vozes

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Letícia Novaes, dona do projeto solo Letrux, tinha oito anos apenas quando Fernanda Abreu lançou o primeiro álbum “SLA Radical Dance Disco Club”, em 1990. A pequena capricorniana recorda que foi ser apresentada à obra de estreia de Fernanda graças as famosas dancinhas, muito antes da moda do TikTok. Trinta anos depois, as divas de diferentes gerações se encontram no palco do Vozes, no dia 13 de outubro, no Museu do Amanhã.

“Eu lembro completamente de estar no play da casa da minha avó Régia, brincando com a filha do porteiro, que infelizmente morreu de câncer antes da pandemia, e ela e outra menina que eram mais velhas, colocaram esse disco da Fernanda Abreu, e começaram a dançar, a fazer passinhos, e eu fiquei de cara. Com o som, com elas dançando, lembro muito dessa cena. Tentei dançar, me enturmar, elas foram legais e me ensinaram, e eu fiquei numa euforia boa, era muito criança mas já sentia que aquilo era uma coisa maneira. Foi um impacto forte”, diz a dona da trilogia Letrux “Em Noite De Climão”, “Aos Prantos” e “Mulher Girafa”.

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Quatro anos antes da estreia em álbum, Fernanda havia recusado um contrato com a EMI, oferecido logo após o sucesso na banda Blitz (do sucesso oitentista “Você Não Soube Me Amar”, por exemplo). Consciente da derrocada da fórmula pop-rock, a cantora recusou e preferiu conceber novas canções junto a Herbert Vianna, d’Os Paralamas do Sucesso, que viria a produzir o debute da cantora embebido no pop norte-americano de Madonna e Michael Jackson, mas com algo de funk —o que deixava aquilo tão palatável quanto diferente do que se ouvia no rádio.

“Eu acho que o Rio tem um pouco de síntese, a minha ótica é carioca. E eu misturo o que tem ali (criado, adotado)”, disse Fernanda em entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura. Ao Globo, em 2016, a cantora disse que ela e Letícia possuíam “uma conexão não só musical, mas de entendimento do Brasil e do Rio.”. A obra do projeto solo de Letícia, o Letrux, tornou-se forte justamente por uma capacidade da autora de misturar o que um certo Rio de Janeiro ouvia e dançava no final da década de 2010. Foi nessa época que as duas cruzaram caminho.

“Em 2012, a gente se conheceu porque ela participou de um show que Letuce (duo indie com o produtor Lucas Vasconcelos) fazia no Carnaval, na quadra da São Clemente. A gente teve participações de várias pessoas e eu fiquei muito encantada com a Fernanda porque ela foi das poucas que foi ao ensaio e na passagem de som. Ela é virginiana, né? Meu ascendente! Eu já achava ela o máximo, criativa, figura cativante, mas depois disso, achei ela muito profissional. Passamos alguns perrengues nesse Carnaval, risos e choros. Mas com ela foi brilho e beleza. Depois em 2019, participei de um show dela no Rio, foi muito gostoso de novo. Sou doida nela”, relembra a ex-Letuce que, por sinal, completa 15 anos da estreia em dezembro e ganhará lançamento em vinil do debute “Plano de Fuga pra Cima dos Outros e de Mim”, de 2009.

Em 2019, enquanto Fernanda inclinava-se com o repertório do álbum “Amor Geral” e Letícia estreava solo, houve troca de gentilezas musicais. Letícia cantou o hit “Um Amor, Um Lugar” e Fernanda retribuiu com “Ninguém Perguntou Por Você”.

Para o show, Leticia diz não querer adiantar surpresas (“Mas tem de contar? Não deixa de segredo”, ela pergunta à reportagem), mas confessou ter pagado de fã durante as primeiras trocas de mensagens sobre o show. “A gente vai ensaiar semana que vem, mas super já estamos de papo e troca. Ela sugeriu as músicas, eu pedi só ‘umazinha’, fã não aguenta, né? E ela vai cantar uma minha sim, claro! Vai ser um sonho esse encontro!”, finaliza.

Os ingressos para o Vozes já estão à venda. Além do show Letrux convida Fernanda Abreu, o evento também conta com Ana Frango Elétrico convida Marina Lima, BK apresenta Cordas e Ruínas, Miguel Arcando (DJ do coletivo experimental carioca Escola de Mistérios), BaianaSystem, Carlos do Complexo, Ubunto, AmandoPeace, FBC e Banda Black Rio, Pretinho da Serrinha convida Maria Rita, Giu Nunez, Tropicals, Marta Supernova e Novos Baianos.

 

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