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‘Cornucopia’, um filme/show para quem acredita em música e em duendes

‘Cornucopia’, um filme/show para quem acredita em música e em duendes

Cinema exibe a mais recente aventura artística da cantora Bjork

Quando lançou seu álbum de estreia, “Debut”, julho de 1993, a islandesa Bjork ainda era tida como “a vocalista de canto exótico” do grupo pop Sugarcubes. O disco não apenas a colocou num patamar artístico superior, como fez com que os seus admiradores esperassem algo sempre além do óbvio.

“Cornucopia”, que chega aos cinemas nesta quarta-feira em circuito e exibições limitadas (confira a programação local antes de sair de casa), sacia esse desejo por novidades. O filme dirigido pela cineasta Ísold Uggadóttir é o registro da turnê que durou de 2019 a 2023, e que debutou inicialmente como uma residência artística de Bjork no The Shed, um centro cultural situado em Nova York.

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A espinha dorsal do repertório é “Utopia”, álbum que a islandesa lançou em 2009, entrecortado por alguns resgates. “Isobel”, de “Post”, disco de 1995 (e que na versão original tem arranjos de cordas do brasileiro Eumir Deodato), combina com o apelo à natureza que é mostrado no palco –a canção fala de um personagem concebido miraculosamente numa floresta. “Pagan Poetry” e “Hidden Senses”, por seu turno, saíram de “Vespertine”, pequena maravilha lançada em 2001.

“Cornucopia”, o show é uma maravilha para os olhos e ouvidos. Gravado em Lisboa, ele traz Bjork à frente de um combo franciscano –flautas, harpa, percussão e um efeito eletrônico aqui, outro acolá–, cenários, figurinos e projeções magníficas. Em “Isobel”, por exemplo, há cenas de florestas e o naipe de flautas se assemelha a um grupo de faunos. Aliás, mais do que uma performance musical e visual, “Cornucopia” é um manifesto ecológico. Nesse quesito, Bjork tem a voz, o visual e o conhecimento necessário. Até mesmo por conta de seu país de origem. “Na Islândia, por mais que existam avanços tecnológicos, a gente se une para preservar uma pedra na qual podem morar 200 duendes”, comentou ela, durante sua primeira vinda ao país, em 1996.

“Cornucopia” é uma experiência única, proveniente de uma das performers mais instigantes das últimas décadas. Assista –e se possível num cinema de tela gigante e ótimo sistema de som.

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