Trap, fogo e filas: por dentro do primeiro dia de The Town
Shows marcantes, protocolos de segurança e protesto marcaram o sábado
Mesmo com a sensação térmica de 13 ºC, não houve frio no The Town. O público, seja vestindo regatas ou camisas de futebol, se esquentou dançando, fazendo rodas punks e batendo cabeça no primeiro dia do festival, marcado por lineup com presença predominante de artistas do trap.
Preparamos para vocês um resumo com um pouco do que rolou no primeiro dia de The Town.
Veja como foram 6 shows de destaque no primeiro dia do The Town
1 – Filipe Ret

Filipe Ret abriu os trabalhos do palco Skylne e mandou um recado pedindo a liberdade do seu parceiro Oruam.“Liberdade pro Oruam, porra! MC não é Bandido”, afirmou, com punho em riste. Leia mais aqui.
2 – Burna Boy

3 – Karol Conká, Ebony e Ajuliacosta

Karol Conká abriu o palco às 14h38 com seu som funk. Seu filho, Jota Conjota, fez uma participação espacial em “Sandália”. A rapper Ajuliacosta subiu ao palco e trouxe sucessos como “Poetisas no topo”, com sample de “Crazy in Love”, de Beyoncé. Juntas de Ebony, as três cantoras fizeram uma homenagem às mulheres que abriram caminho no rap nacional. Leia mais aqui.
4 – Don Toliver

No meio da canção “NEW DROP”, o cantor parou o show para pedir ao público para se reorganizar, por motivos de segurança. Após cerca de 20 minutos, Don Toliver retornou com “Swangin’On Westheimer”, de forma bem mais leve. A apresentação seguiu de forma contida, com músicas executadas sem a energia altíssima que marcou sua primeira parte. Leia mais aqui.
5 – Lauryn Hill

Quando subiu ao palco The One, com uns 20 minutos de atraso, a cama estava feita: fãs lotaram o espaço até as laterais e a DJ Reborn já havia previamente tratado de atiçar todo mundo com hits de brasilidades.
Foi aí que Ms. Hill ganhou o centro do palco emulando uma estátua de Nossa Senhora, só que da Música Preta. Junto com os filhos YG e Zion (que foi homenageado, enquanto recém-nascido, no mítico e único disco da cantora, “The Miseducation of Lauryn Hill”, de 1998), ela trouxe o The Town para uma vibe diferente da que tomava conta do festival até então. Saíam de cena as roupas pretas e a energia “macha” do trap e entrava a vibe solar de uma entidade que sabe seu valor para a música. Leia mais aqui
6 – Travis Scott

Conhecido pela entrega, o rapper até pulou, gritou e fez tudo o que é prometido no seu show, porém sem a empolgação que o Rio presenciou. Na sua espécie de adaptação do “Xuxa Só Para Baixinhos”, muito recurso visual, alguns comandos para o público pular, mexer os braços e cantar, mas nada muito novo sob o sol do trap. Leia maia aqui.
Moda futebol e Travis Scott
Além das roupas pretas que fariam inveja a muitos metaleiros, as camisas do Barcelona relacionadas com Travis Scott e o óculos-morcego dominaram o Autódromo de Interlagos. Chamado de “CVO”, o óculos possui uma membrana por detrás da haste, dando aparência animalesca a quem usa.

O The Town 2025 está melhor?

O festival mostrou no primeiro dia que começou a resolver alguns pedidos feitos pelo público da primeira edição.
A proximidade dos palcos causava aglomeração. Agora, os espaços estão mais afastados e aumentou o intervalo entre os shows. Nesta edição, o público do The Town pode pegar todas as bebidas com um copo e ele pode ser trocado caso o comprador deseje. Antes, era um copo para cada bebida.
Transporte do The Town
As estações de Metrô e da CPTM ficaram abertas 24 horas e a estação Cidade Dutra, próxima do Autódromo, foi reativada para quem comprou o Serviço Expresso. Trata-se de um trem com menos paradas por R$ 35 ida e volta.
Também é possível usar o serviço de ônibus com menos paradas saindo de diferentes pontos da cidade e a novidade do The Town Primeira Classe, um ônibus executivo que deixa o público dentro da Cidade da Música. Os preços vão de R$ 220 a R$ 750 e com pontos de embarque em São Paulo e também em outros estados.
Os velhos conhecidos morros utilizados no Lollapalooza estão presente no The Town. Não mexa com as tradições paulistas, senhor Rock im Rio.
O The Town 2025 está pior?
No luga de banheiros químicos há banheiros comuns, mas nem sempre há papel higiênico. Há filas razoáveis para comprar comida que duram de 20 a 40 minutos. No entato, há muitas opções.
A segurança chamou a atenção no primeiro dia. Apesar da vistoria na entrada, o público conseguiu entrar com sinalizadores que foram utilizados especialmente nos shows de trappers MC Cabelinho, Borges e Matuê.









