Anitta: ‘Acredito que minha religião tem muito a ver com a história do funk’
Cantora, que é seguidora do candomblé, fez paralelo entre sua fé e o gênero
Anitta acredita ter cumprido sua missão de internacionalizar o funk. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (26), a cantora falou que seu novo álbum, “Funk Generation“, fecha um ciclo.
Para esse trabalho, a maioria das faixas ganhará um videoclipe, incluindo “Aceita“, canção que mistura sonoridades latinas. Quem for ouvir a canção no Spotify, poderá ver um trecho do videoclipe, que mostra a cantora interagindo com um babalorixá (pai de santo).
Segundo a artista, a letra da canção já consegue, mesmo que indiretamente, mostrar uma mistura entre Anitta e entidades do candomblé, sua religião.
“Essa entidade de rua que consegue tantas coisas, que tem a personalidade forte, fizemos essa letra meio dúbia. Quando vou falando ‘eu sou isso, sou aquilo, sou da rua’ é uma mistura falando de mim e de uma entidade de rua”, explicou.
Ainda segundo Anitta, o vídeo com referência ao candomblé é uma tentativa de passar uma mensagem de acolhimento a religião de matriz africana.
Ela, que acredita que suas letras não têm espaço para militância, quer usar o poder do audiovisual para se comunicar.
“Tive a ideia de fazer o vídeo sobre minha religião porque, para mim, ela tem muito a ver com a cultura do funk, que nada mais é do que a cultura afro, de força e superação. Espero que essa mensagem ajude na quebra de preconceitos religiosos”, finalizou.