Alanis Morissette prova que, para um show bem feito, é preciso só de boa música
Cantora se apresentou para mais de 40 mil pessoas em São Paulo
Após 12 anos, Alanis Morissette voltou ao Brasil para um show especial dos 28 anos do lançamento de seu disco “Jagged Little Pill”. Para os jovens que não a conhecem, a cantora foi a Taylor Swift roqueira, rebelde e feminista dos anos 1990. A importância de Alanis na cultura e música pop é algo que ela mesma faz questão de reforçar na apresentação. É bom para que ninguém esqueça.
Às 21h07, os telões do Allianz Parque, em São Paulo, foram preenchidos com imagens da carreira da cantora em programas de TV, shows, premiações, clipes e, principalmente, outros artistas cantando suas músicas –incluindo Beyoncé, Pink, Kelly Clarkson e Alessia Cara. “Se expressar é obrigatório para a vida”, diz Alanis no vídeo, em um trecho de uma entrevista.
Em seguida, ela inicia o setlist tocando gaita na introdução de “All I Really Want”. O setlist é recheado de hits como “Hand In My Pocket”, “You Learn”, “Head Over Feet”, “You Oughta Know”. Após “Ironic”, uma foto de Taylor Hawkins, que foi seu baterista na turnê há quase 30 anos, foi exibida ao público. A homenagem exalta o legado do músico, conhecido pelo Foo Fighters, morto em 2022.
Alanis caminhava de um lado para o outro no palco, sem deixar o ritmo da apresentação cair em nenhum momento. Nem a garoa que insistiu cair no estádio tirava sua concentração.
A voz e o controle de respiração da cantora são as grandes atrações da noite. É de dar inveja (e serve de incentivo e inspiração) a qualquer artista pop atual. Alanis não precisa de pirotecnia, nem de trilha de voz de suporte e muito menos de troca de looks. Nem de uma super maquiagem ou penteados mirabolantes. O glamour dela está no gogó: basta um palco espaçoso e sua banda.
