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A macarronada que destruiu a melhor formação do Deep Purple

A macarronada que destruiu a melhor formação do Deep Purple

Grupo inglês se apresenta hoje em São Paulo e domingo no Rock in Rio

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Deep Purple grupo rock

A situação dos integrantes do quinteto inglês Deep Purple, que toca hoje em São Paulo e fecha o palco Sunset do Rock in Rio no domingo, por muito tempo lembrava uma canção do grupo brasileiro de iê–iê-iê The Fevers. Aquela que diz “você bem sabe/ Que eu não te prometi um mar de rosas.”

No caso dessa lenda do hard rock, surgida em Londres no ano de 1968, o principal problema está no péssimo humor de seu líder, o guitarrista Ritchie Blackmore. Entre as várias peraltices cometidas, ele se trancou no banheiro do camarim momentos antes do show da banda num festival porque queria tocar ao anoitecer (e o sol ainda estava brilhando); no mesmo evento, agrediu um cinegrafista com sua guitarra porque este ousou em filmar o lado esquerdo do rosto do músico –e ele detesta que façam isso.

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A relação entre Ritchie e o vocalista Ian Gillan, com quem gravou os magistrais “In Rock” (1970) e “Machine Head ” (1972) , nunca foi das melhores. Por duas vezes, perdeu o cantor. Primeiro em 1973, pouco depois do lançamento de “Who Do We Think We Are”. A formação desses discos se reuniu de novo em 1984. Mas cinco anos depois, Blackmore deu o bilhete azul para Ian Gillan. “Ele não me deixava nem sequer sorrir no palco”, resmungou o vocalista.

Mas Gillan, tal e qual um vilão de filme de terror, retornou ao Deep Purple. Em 1993, atendendo às súplicas do tecladista Jon Lord, do baterista Ian Paice e do baixista Roger Glover, o cantor participou das gravações de “The Battle Rages On” e da turnê que veio a seguir.

Foi quando aconteceu o que é conhecido como “o incidente do espaguete”, na cidade americana de Cleveland. O grupo tinha passado o som da noite e estava jantando. Blackmore implicou que Gillan tinha jogado ketchup no molho do espaguete que estava comendo. Diante da negativa do cantor, ele simplesmente despejou o conteúdo do prato na cabeça do suposto autor da brincadeira –quer dizer, se é que ela tinha acontecido.

“Eu sabia que estaria fora do Deep Purple caso o agredisse. Era exatamente o que ele queria”, disse Gillan. O vocalista ficou quieto e Blackmore foi reprimido pelo restante do grupo. Em novembro de 1993, pouco tempos depois de uma apresentação em Helsinki, na Finlândia, o guitarrista abandonou o grupo. O plano dele era fazer com que os outros músicos solicitassem o seu retorno e colocassem Gillan no olho da rua pela terceira vez. Não foi o que aconteceu. Eles mantiveram o vocalista e recrutaram o virtuose Joe Satriani para preencher as datas restantes. O posto de Blackmore foi ocupado por Steve Morse (de 1994 a 2022) e hoje conta com o irlandês Simon McBride. É essa formação que toca, al dente, no Espaço Unimed (ingressos à venda na bilheteria da casa ou no site https://www.espacounimed.com.br/964-deep-purple) e domingo no Rock in Rio.

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