Templo do hardcore melódico de São Paulo vira palco de funeral
No caso, a banda punk Meu Funeral, do Rio, que toca em festival no Hangar 110
A Lei da Ação e Reação, de Isaac Newton (1643-1727) descreve que para toda força de ação existe uma força de reação com a mesma intensidade e direção, mas em sentido oposto. Aplicada ao universo do nosso rock, se um dia as bandas de São Paulo invadiram as praias cariocas, chegou a vez dos grupos do Rio fazerem o mesmo com o plúmbeo cenário paulistano.
Sendo assim, nada mais natural que Meu Funeral, um dos grupos mais talentosos do hardcore de Niterói (Rio de Janeiro, claro), tomasse de assalto o Hangar 110, casa que foi o nascedouro de muita coisa boa do hardcore melódico paulistano –bandas como CPM22, Cine, NXZero e Hateen, entre outros, se consagraram por ali. O Meu Funeral inicia seu processo de dominação neste domingo, dia 09 de novembro, no festival Tente Não Clicar, que traz ainda Melton Sello, Mastrobiso, Juvi e intervenções satíricas de Bruninho MP3. Os ingressos podem ser adquiridos no site Pixel Ticket.
“Hangar é uma casa clássica. Cresci assistindo a DVDs de apresentações ao vivo de Matanza, CPM 22 e tantas outras até realizar nosso sonho de tocar ali. Agora, tocar como banda principal, nessa casa que representa tanto para o cenário musical nacional, e para cada um de nós, será muito especial. Será lindo”, confessa Luquita, vocalista do combo carioca, para a Billboard Brasil.
O Meu Funeral retorna ao templo do hardcore melódico muito bem acompanhado. “Empacotado”, o mais recente disco do conjunto, é uma coleção de grandes canções, que vão desde hardcore a canções que emulam a psicodelia dos anos 1960 (“Deus Está no Comando” e “Café”, respectivamente), faixas que emulam a sonoridade do quarteto americano Weezer ( “Leite com Manga”) a composições que passam da surf music para o pop eletrônico (“Orgulho de Ser Burro”). Uma mostra de rock divertido e com inteligência.
“O álbum é a continuação de um trabalho que a gente vem fazendo desde os tempos de fita demo. Gostamos de hardcore e de misturas sonoras e elas foram amplas e diversas. Em ‘Empacotado’, flertamos com outras sonoridades. A ideia é a gente continuar assim, e se divertindo cada vez mais!”, prossegue Luquita.
Os discos, contudo, não chegam perto da força das apresentações ao vivo do Meu Funeral. As performances rendem elogios não apenas dos admiradores de hardcore como do público em geral. “Pode esperar diversão. Acho que é o ponto principal, a interação com o público e a diversão garantida”, encerra o vocalista.
SERVIÇO
FESTIVAL TENTE NÃO CLICAR
Onde: Hangar 110 (Rua Rodolfo Miranda, 110, Bom Retiro)
Horário: a partir das 18h
Ingressos: Pixel Ticket








