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As latidas certeiras do Dubdogz: carreira internacional e projeto social

As latidas certeiras do Dubdogz: carreira internacional e projeto social

Dupla de música eletrônica fala de suas conquistas e seus planos para 2026

A dupla de música eletrônica Dubdogz (Eduardo

Formado pelos irmãos Marcos e Lucas Ruback Schmitz, o Dubdogz figura na ponta-de-lança da música eletrônica brasileira. A dupla surgida em Juiz de Fora, Minas Gerais, tem como especialidade duas vertentes da música eletrônica: a deep house, que mistura a frenética house music com jazz, funk e soul, e a nu disco, que também turbina a house com outro gênero musical –dessa vez, a disco music.

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A dupla vem de performances bem-sucedidas em dois festivais de ponta no país (The Town e Tomorrowland, para sermos mais exatos) e possui um desempenho excelente nas plataformas de streaming. O single “Everybody Wants a Party”, por exemplo, contabiliza 50 milhões de streams; “Infinity”, uma colaboração ao lado de Bhaskar –irmão de um certo Alok– chegou a 126 milhões de streams. Os mineiros, além dos festivais citados, se apresentaram na Alemanha, Austrália, Dinamarca, França, Inglaterra, México, Portugal e Tailândia. Entre as suas principais colaborações, eles fizeram remixes para David Guetta, Pink, Shakira e Black Eyed Peas, entre outros artistas do primeiro escalão do pop e da eletrônica.

Marcos e Lucas possuem ainda uma relação amorosa com seus ardorosos fãs e preocupações sociais. Em 2024, fundaram a Escola de Música Dubdogz, que dá acolhida a crianças e adolescentes dos sete aos dezessete anos, eles têm aulas gratuitas de vários instrumentos musicais, entre eles violão, violino, flauta, canto coral e até DJ.
Em entrevista exclusiva à Billboard Brasil a dupla fala dessa escola de música e conta outras curiosidades. Com vocês, Dubdogz

Os DJS brasileiros conquistaram a cena eletrônica e são reconhecidos como altamente criativos por todas as tribos. Como vocês lidam com a competitividade na cena?

A competitividade é mais com a gente mesmo. Estamos sempre querendo fazer algo a mais e mais legal do que fizemos no ano anterior. Sempre buscando inovar, fazer diferente. É mais sobre isso do que ficar comparando com outros DJs. Claro que existe uma competição saudável, que incentiva a melhorar, mas isso tudo é mais sobre a gente desafiando nossos limites.

Vocês possuem fãs ardorosos. Como funciona essa interação?

Nós curtimos coisas criativas, coisas que impressionem os fãs, que valorizem quem está com a gente. Por exemplo, a festa para os tatuados [nota do redator: evento dedicado apenas para quem possui tatuagens da dupla. Chama-se Dubdogz Tattoo]. O que mais a gente pode fazer para a galera achar massa estar com a gente?

Vocês já colaboraram com várias estrelas da música pop e eletrônica, como David Guetta e Black Eyed Peas. Qual foi o mais surpreendente desses encontros?

David Guetta, Black Eyed Peas, Pink, Shakira… São todos nomes gigantes que a gente cresceu ouvindo, então fazer um remix para essa galera é uma realização enorme, parece até surreal. Mas, além disso tudo, tem um que não é tão famoso pro grande público, mas que foi uma conquista foda: remixar o Stromae, aquele francês da música ‘Alors on Danse”. Ele nunca deixou ninguém remixar essa música oficialmente, mas para o Dubdogz ele liberou, curtiu demais, e acabou virando um dos maiores hits do projeto, uma das faixas mais ouvidas até hoje. Chegou a quase ultrapassar a original, que é um hit global.

Vocês criaram um instituto em Juiz de Fora, cidade onde nasceram, cujo primeiro projeto é a Escola de Música Dubdogz. O que levou vocês a criarem esse projeto social voltado para crianças e adolescentes, de 7 a 17 anos?

A ideia veio num momento da nossa carreira em que a gente estava super realizado: tocando em vários lugares do mundo, em festivais incríveis, vivendo um monte de conquistas que sempre sonhamos. Mas ainda sentíamos que faltava algo, uma forma de devolver pro mundo, pra nossa comunidade, de onde viemos. Somos de Juiz de Fora, crescemos vendo tudo isso, e poder criar um projeto que envolve crianças e adolescentes, dando oportunidade através da música — que foi o que nos trouxe até aqui, que praticamente deu tudo que temos hoje e realizou nossos sonhos — é foda.
O projeto inclui ainda a nossa mãe, que está cuidando de tudo no Instituto. É lindo ver as crianças crescendo, evoluindo. Algumas, que antes mal conseguiam se comunicar, hoje tão ganhando autoconfiança, começando a ganhar um dinheirinho com música, melhorando a vida das famílias delas. Para a gente, isso não tem preço.

Olhando para o futuro próximo, quais são os novos projetos e colaborações do Dubdogz ?

Tem muita coisa que ainda é spoiler, não podemos contar. Mas pode ter certeza que vem muita coisa maneira por aí. Ano que vem tem um festival que estamos organizando, mas não podemos falar, desculpa! Deixa no mistério.
Além disso, tem uma aproximação com a música brasileira. Por exemplo, acabamos de lançar a Sundayz, uma festa que mistura música eletrônica e brasileira. Temos também músicas novas para sair. Compusemos ao lado Bruno Martini, que já tem vários hits na música eletrônica com vocal em português e agora tá trabalhando com a gente. Sobre colaborações, não tem nenhum nome gigantesco que a gente possa revelar agora, mas tem várias parcerias maneiras vindo por aí.

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