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Katy Perry no Brasil: bailarinos da diva pop revelam bastidores da turnê 

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Katy Perry no Brasil: bailarinos da diva pop revelam bastidores da turnê 

Katy Perry e os bailarinos da “Lifetimes Tour” (Cynthia Parkhurst)

Katy Perry retorna ao Brasil com a “Lifetimes Tour”, dedicada ao seu álbum mais recente, “1432″. O lançamento oficial do disco aconteceu na última vinda da cantora ao Brasil, no Rock in Rio em 2024, e agora ela traz o novo formato para uma série de shows no país.

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Para saber mais detalhes da série de shows, a Billboard Brasil conversou com os bailarinos da diva pop: Stephen Perez, Ron Oppenheimer, Diego Padillas, Jae Fuzsara e Brandon Grimm.

Eles revelaram detalhes sobre os bastidores dos ensaios e como está a expectativa para a chegada da “Lifetimes Tour” em terras brasileiras.

Leia a entrevista com os bailarinos de Katy Perry

Como vocês começaram a trabalhar com a Katy Perry?

Stephen Perez: Engraçado, eu fui um dos dançarinos que se apresentou com a Katy na Austrália em 2017, em uma performance de “Swish Swish”. Nunca imaginei que anos depois estaria no palco com ela novamente.

Ron Oppenheimer: Fui contatado sobre uma audição de circo para a turnê em fevereiro e decidi tentar! Um mês depois, já estava nos ensaios para o show.

Diego Padillas: Fui chamado para uma audição de algumas performances promocionais com a Katy em 2024. Acabei passando e desde então tenho dançado com ela há cerca de um ano.

Jae Fuzsara: Fiz teste para os projetos promocionais dela no ano passado, quando se apresentou no Rock in Rio. Esse foi meu primeiro trabalho com ela, que acabou se estendendo para outros shows e levou ao convite para estar na turnê “Lifetimes”.

Como é a rotina de ensaios antes da turnê? Podem compartilhar detalhes da pré-produção?

SP: Começamos os ensaios cerca de 6 semanas antes do primeiro show. Oito horas por dia montando tudo, vendo o que funciona, como tudo se conecta. Ensaios sempre são divertidos e desafiadores, porque você cria um espetáculo do zero e dá vida a ele antes de levá-lo ao palco.

Brandon Grimm: A equipe criativa da Katy e a Squared Division já tinham um storyboard incrível com imagens, inspirações, figurinos e layout do palco no primeiro dia. Durante as 6 semanas iniciais, aprendíamos cerca de um número por dia. O palco estava demarcado no chão de um estúdio enorme para ensaiarmos marcações, coreografias e transições com precisão antes de subir ao palco real.

JF: Primeiro você aprende a coreografia e a marcação. Depois, ensaia no palco real, com adereços, figurinos e todos os outros elementos. O corpo também precisa se ajustar para ganhar forma para o show — é quase um campo de treinamento físico e mental.

Quais são as principais diferenças entre ensaiar no estúdio e se apresentar em arenas lotadas?

SP: A maior diferença é ter uma arena cheia de fãs. A energia da plateia transforma completamente a sua energia e a do show — de uma forma incrível! E, claro, não é mais ensaio, é o show!

RO: A principal diferença é a energia no palco. Com luzes, banda ao vivo, os vocais incríveis da Katy e o público, o espetáculo ganha vida. Lembro da estreia, quando entrei no palco e fiquei chocado, nunca tinha performado para tanta gente. Foi incrível — e tem sido assim em todos os shows.

DP: Eu diria que a maior diferença é sentir toda a energia da plateia e ver cada rosto. As luzes, figurinos e adereços também acrescentam muito.

JF: Não existe nada como estar em uma arena diante de uma multidão. Por maior que seja o ensaio, quando você ouve o público e a adrenalina bate, você é levado para outro nível. É o auge — e o que mais amo nas apresentações ao vivo. Tudo é sobre conexão, e essa energia é muito forte na arena.

Katy Perry e os bailarinos da “Lifetimes Tour” (Cynthia Parkhurst)
Katy Perry e os bailarinos da “Lifetimes Tour” (Cynthia Parkhurst)

Vocês têm algum ritual coletivo de aquecimento ou concentração antes de subir ao palco?

SP: Fazemos uma roda de gratidão antes de entrar, sincronizando nossas energias. Também começamos a tocar uma música pré-show escolhida por alguém do elenco. É uma forma divertida de nos unirmos antes da apresentação.

RO: Sempre fazemos um círculo antes dos shows, e cada vez alguém escolhe uma música para esse momento de “hype”.

BG: Normalmente começamos a nos preparar 1h30 antes do chamado: maquiagem, cabelo, aquecimento e figurino. Antes da Katy se juntar a nós, os dançarinos às vezes jogam palavras ou fazem brincadeiras no camarim. Quando ela chega, entrega uma caixa de som para nossa festa de dança pré-show. Depois, fazemos um círculo, de braços dados, e fazemos uma oração ou afirmação, agradecendo a Deus, ao Universo ou ao que cada um acredita, pela proteção e oportunidade.

DP: Sempre escolhemos uma música de aquecimento para levantar a energia. Também fazemos uma roda de oração, de mãos dadas, para sentir a energia de todos.

JF: Alongamos, fazemos a maquiagem ouvindo música. Antes do show, a Katy pede que alguém escolha uma música para dançarmos juntos — já escolhi “Spice Up Your Life”, das Spice Girls, que considero uma das melhores músicas pré-show de todos os tempos. Amo a energia divertida que a Katy criou nessa turnê.

Algum momento marcante nos bastidores até agora?

SP: O mais especial para mim é como viramos uma família. Existe muito respeito e cuidado entre todos.

RO: Tenho um aperto de mão especial com minha tour manager, Cindy, antes de cada show. Também faço isso com outros membros da equipe ao longo da noite. É uma tradição divertida. Ah, e os cookies da turnê são deliciosos!

BG: Amo ficar nos bastidores olhando para a plateia, em total admiração. Uma vez, durante Firework, vi um pai e uma filha cantando e dançando juntos, até que ela o abraçou forte. Foi um momento emocionante, quase chorei.

DP: Para mim, foi especial me apresentar em Los Angeles, no Kia Forum, e em Anaheim, no Honda Center — lugares com os quais sempre sonhei desde criança.

JF: Adoro o camarim de trocas rápidas embaixo do palco, onde mudamos de figurino entre as músicas. É um espaço cheio de diversão, risadas e cumplicidade que o público nem imagina que acontece. 

Como é a energia nos camarins pouco antes do show começar?

SP: Um caos lindo, haha. Nós, meninos, ficamos cantando, dançando, jogando Uno. Nunca é silencioso.

RO: Superdivertido! Tocamos música, ajudamos uns aos outros a nos arrumar e já entramos no clima do show.

BG: É um caos tranquilo. Cada um faz o que precisa para se preparar. Às vezes ouvimos músicas temáticas — em Nashville, por exemplo, tocamos só country. Outras vezes pop, rap… depende do clima do dia.

DP: Eu diria que é bem tranquilo. Jogamos Uno, assistimos filmes, até a hora de começar a nos arrumar.

JF: Divertido e caótico — são 10 caras juntos, sempre em alto astral. Mas se estamos cansados ou com jet lag, às vezes cochilamos.

Qual é a sua performance favorita na turnê e por quê?

SP: Minhas favoritas são “Nirvana” e “Crush”. Na verdade, todo o Ato 3 — é quente, divertido.

RO: Provavelmente “I Kissed a Girl” e “Wide Awake”, que têm os momentos mais circenses. É incrível se conectar com o público lá de cima. Também amo “Firework”, que é um final épico.

BG: Nirvana é meu momento preferido — tanto o figurino quanto a coreografia são os melhores.

DP: Adoro o Ato 3 (“Nirvana”, “Crush” e “I’m His, He’s Mine”), que tem aquela vibe pop dos anos 2000. As coreografias são muito divertidas de fazer toda noite.

JF: Amo “I Kissed a Girl”, em que subimos numa bola gigante e voamos com a Katy.

Katy Perry na “Lifetimes Tour” (Cynthia Parkhurst)
Katy Perry na “Lifetimes Tour” (Cynthia Parkhurst)

O que vocês mais sentem falta da rotina normal enquanto estão na estrada?

SP: Sinceramente, de cozinhar. Amo cozinhar.

RO: Eu adoro tomar sorvete todos os dias, então tento manter isso experimentando gelaterias pelo mundo.

BG: Sinto falta da minha academia em casa, com todo o espaço e equipamentos.

JF: Sou muito ligado no mundo fitness, então é difícil manter rotina de treinos e achar academias boas.

Que tipo de cuidados físicos ou emocionais vocês mantêm durante a turnê?

SP: Muito descanso e recuperação. Fisioterapia. E falar com família e amigos, para manter o equilíbrio.

RO: Sempre me aqueço e alongo antes de cada show — faço espacate, exercícios de flexibilidade, relaxo os ombros. Também tento meditar ou relaxar antes de dormir para acordar renovado.

BG: Felizmente temos uma fisioterapeuta incrível viajando com a gente, então cuidamos de qualquer incômodo. Emocionalmente, todos respeitam o espaço do outro: se alguém prefere ficar no hotel vendo Netflix, tudo bem; se quer sair e explorar, também. Cada um pode ser quem é, e isso é maravilhoso.

JF: Nos dias de folga, aproveitamos para fazer algo divertido na cidade, jantar fora, sair para dançar — ou simplesmente descansar no hotel.

Qual mensagem vocês deixam para os fãs que já aguardam ansiosamente os shows no Brasil?

SP: Preparem-se para cantar e dançar como nunca. Vai ser a noite da vida de vocês.

RO: Quero que saibam que estamos muito empolgados em nos apresentar para vocês!

BG: Preparem-se para se surpreender. Esse show mostra uma Katy diferente no palco: mais sombria, madura, mas igualmente linda. Essa evolução é perfeita.

JF: Estamos muito animados para voltar. Ano passado, no Rock in Rio, foi só um gostinho. Agora, o show está ainda maior, cheio de diversão, paixão e coração.

Que conselho vocês dariam para jovens dançarinos que sonham em entrar em grandes turnês?

SP: Seja gentil consigo mesmo e com sua arte. Nada é impossível para quem realmente quer.

RO: Sonhe grande, trabalhe duro e nunca desista!

BG: Você perde todas as oportunidades que não tenta. Nosso trabalho envolve lidar com rejeição — nem sempre passamos em todos os testes. Mas continue, porque “não” nem sempre significa “nunca”, às vezes é só “ainda não”. Continue treinando e tentando. Uma hora vai acontecer.

DP: Treine como ninguém, descubra seu brilho único e aprenda a trabalhar em grupo. Sempre siga seus sonhos e nunca desista.

JF: Apenas vá em frente, sem medo. Milhões sonham, mas poucos têm coragem de tentar. É preciso acreditar em si mesmo e quase ser “delirante”. O que é para ser seu, será. Só temos uma vida e uma juventude curta — então aproveite. Treine muito, torne-se o dançarino que você quer ser e veja até onde isso pode te levar.

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