O que esperar do show de Bad Bunny no Brasil
Billboard Brasil dissecou turnê 'DeBÍ TiRAR MáS FOToS'

A turnê “Debí Tirar Más Fotos” chega ao Brasil nos dias 20 e 21 de fevereiro trazendo Bad Bunny em seu auge artístico e comercial para São Paulo. Com jeito grandioso e ingressos esgotando ao redor do mundo, a turnê mistura o repertório do álbum homônimo e uma imersão visual e narrativa, que promete transformar as apresentações em uma aula de música pop e também de experiência ao vivo.
Recentemente, ele assumiu uma residência de 30 shows em sua cidade natal, San Juan, em Porto Rico. Por lá, fez questão de dar prioridade aos locais, controlar os preços dos ingressos, centrar-se na identidade porto-riquenha e posicionar-se de forma anti-imperialista.
Nos próximos tópicos, reunimos cinco pontos essenciais que ajudam a entender por que este show do porto-riquenho vai muito além de um setlist de hits. Entre eles, estão os elementos de produção de tirar o fôlego, surpresas de repertório, momentos intimistas que contrastam com o espetáculo de luzes, e a forma como Bad Bunny conecta cultura, identidade e performance em uma mesma narrativa.
O que esperar dos shows de Bad Bunny no Brasil
1. Audiovisual autoral e imersão cultural
Espere um espetáculo que ultrapassa o mero show musical: Benito Martínez Ocasio —seu nome verdadeiro— vai celebrar suas raízes em um formato visual e narrativo impactante, inspirado pelas grandes produções de sua residência em Porto Rico. A montagem cenográfica é carregada de simbolismo cultural e visualmente imersiva.
Um telão dominava o exuberante cenário tropical, com galinhas vivas circulando livremente, e exibia fatos sobre a história de Porto Rico com citações atrevidas de políticos.
No show, Bad Bunny apresenta um compilado de vários hits da carreira, desde “Dákiti” e “Yo Perreo Sola” até “Dtmf”, do álbum mais recente. A apresentação durou quase três horas em San Juan.
2. Diversidade nos gêneros musicais
A abertura e os interlúdios podem contar com estilos variados — de club beats e salsa a momentos acústicos emocionantes — numa verdadeira jornada por gêneros que refletem sua versatilidade. Em San Juan, durante sua residência de 30 shows chamada “No Me Quiero Ir de Aquí”, ele vem transitando com fluidez entre vibrações latinas e momentos introspectivos.
3. Gigs globais em estádios: grandiosidade na escala
A turnê “DeBÍ TiRAR MáS FOToS” aposta em estádios de grande porte, com datas confirmadas no Allianz Parque, em São Paulo (20 e 21 de fevereiro de 2026). Produção de escala potencial para proporcionar um espetáculo massivo, visual e sonoro.
4. Posicionamento político anti-imperialista e anti-EUA
Bad Bunny mantém a recusa de priorizar o mercado dos EUA, evita cantar em inglês e já fez declarações públicas contra políticas migratórias americanas; nesta turnê, ele optou por não se apresentar no território continental dos EUA, argumentando que os fãs locais já tiveram muitas oportunidades nos últimos anos. Em um momento em que o Brasil debate novas formas de atuar politicamente no mundo, principalmente reavaliando sua relação com o país governado por Donald Trump, vale a pena entender que o show do porto-riquenho no país é também uma forma de unir o pensamento latinoamericano contra formas violentamente dominantes de poder.
Em San Juan, a multidão explodiu em aplausos quando o telão exibiu a mensagem: “PR é um território não incorporado dos Estados Unidos, mas tem sua própria bandeira, cultura e identidade.”
5. Alta demanda e experiência cuidadosamente planejada
A venda dos ingressos no Brasil prometeu lotar rapidamente dada a popularidade do artista. É recomendável se programar com antecedência, utilizar apps oficiais para compra e antecipação: a experiência do fã será prioridade, com estrutura de shows de alta performance e público engajado.