14 anos após ‘Friday’, Rebecca Black diz que canaliza ‘muitas frustrações’
Cantora fez carreira tomar direções inesperadas após hit viral
Rebecca Black tornou-se viral com uma música considerada a “pior de todos os tempos” e, 14 anos após, lança seu novo álbum “Salvation” com clima de alt-pop e de “superação” após ser massacrada no passado e, recentemente, ter visto Los Angeles sob fogo que adiou o lançamento do álbum.
“Alguns dos meus colaboradores mais próximos, que são uma grande parte deste projeto por direito próprio, perderam suas casas. A cidade inteira foi essencialmente deslocada momentaneamente”, Black contou à NME.
“Friday”, seu hit viral, foi detonada pelos críticos —um deles a rotulou como “horrível a ponto de derreter a mente”. Mas Black recebeu apoio fraternal de Lady Gaga, que disse docemente: “Qualquer um que diga que ela é cafona está mentindo.” Ainda assim, a notoriedade viral da música e o refrão inegavelmente cativante a transformaram em um hit surpresa que subiu para a posição 58 na Billboard Hot 100.
Com seu EP de 2021 chamado “Rebecca Black Was Here” e seu álbum de estreia de 2023 “Let Her Burn”, ela demonstrou um talento real para o dark-pop cativante e catártico. “Eu senti essa pressão de, tipo, nunca ser a pessoa a mencionar isso porque eu não queria ser conhecida por apenas uma coisa”, ela diz. Quando ‘Friday’ fez nove anos em 2020, Black compartilhou uma postagem comovente no Instagram na qual ela expressou empatia por seu “eu de 13 anos que estava terrivelmente envergonhado” e seu “eu de 15 anos que sentia que não tinha ninguém com quem conversar sobre a depressão que enfrentava”.
Agora, ela descreve ‘Salvation’ como mais “coesa” sonoramente, mas “realmente bem diferente tematicamente”. Em ‘American Doll’, estilo Britney Spears, ela satiriza a maneira como se espera que artistas pop femininas sejam dóceis e impecáveis. “É seguro me engolir, tirar minha autonomia”, ela canta em uma voz intencionalmente robótica. “As melhores garotas são feitas de graça e desculpas.”
