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Veja como 3 hits históricos quase não aconteceram

Veja como 3 hits históricos quase não aconteceram

“Bohemian Rhapsody”, “Hips Don’t Lie” e “Like a Prayer" quase ficam engavetadas

Clássicos que quase não aconteram (Divulgação)

De vez em quando, a história da música é decidida em um telefonema insistente, uma briga no estúdio ou um executivo desconfiado. Relembre três canções que hoje parecem inevitáveis, mas que em algum momento correram sério risco de não ver a luz do dia — ou de não ganhar a força que as transformou em clássicos.

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1. “Bohemian Rhapsody” – Queen

Quando o Queen apresentou “Bohemian Rhapsody” à gravadora, a recepção foi fria. Com mais de cinco minutos de duração, sem refrão tradicional e com uma seção operística incomum, executivos acharam a faixa longa demais para o rádio e com poucas chances de se tornar um hit.

Mesmo sob pressão, a banda insistiu que a música deveria ser o single. A aposta funcionou. A canção alcançou o topo das paradas no Reino Unido e depois ganhou novo fôlego com sua aparição em “Wayne’s World” e no filme “Bohemian Rhapsody”. Nos Estados Unidos, chegou ao segundo lugar na “Billboard Hot 100” em 1992, quase duas décadas após seu lançamento original.

Aquilo que parecia um defeito, como a duração, a estrutura surpreendente e a falta de fórmula, acabou virando assinatura. Hoje, “Bohemian Rhapsody” é presença constante em listas de melhores músicas de todos os tempos.

2. “Hips Don’t Lie” – Shakira feat. Wyclef Jean

“Hips Don’t Lie” parece ter nascido para dominar o mundo e dominou. Mas a faixa quase ficou fora do álbum “Oral Fixation, Vol. 2”. O disco já estava distribuído quando Shakira decidiu trabalhar com Wyclef Jean e percebeu que havia ali um sucesso incontestável.

Ela convenceu a gravadora a recolher o álbum e relançá-lo incluindo a música, uma decisão arriscada e cara. O acerto foi monumental. “Hips Don’t Lie” chegou ao número 1 da “Billboard Hot 100” e liderou paradas em mais de 50 países. O single se tornou um dos mais vendidos do século e consolidou Shakira como potência global.

Se a artista não tivesse seguido seu instinto, a música que redefiniu sua carreira talvez não existisse.

3. “Like a Prayer” – Madonna

Às vezes, o que quase impede uma música de acontecer não é a gravadora, mas a polêmica. “Like a Prayer” foi lançada em 1989 com grande campanha publicitária, incluindo um comercial global com a Pepsi. Quando o clipe oficial estreou, Madonna apareceu misturando iconografia católica com erotismo, cruzes em chamas e um santo negro, o que gerou protestos do Vaticano.

A pressão levou a Pepsi a cancelar a campanha e tirar o comercial do ar. A controvérsia poderia ter prejudicado a canção, mas aconteceu o contrário. “Like a Prayer” se tornou um dos maiores sucessos da carreira de Madonna, liderando paradas ao redor do mundo e reforçando sua força como artista que provoca discussões sobre religião, sexo e poder feminino.

Se a reação moralista tivesse sufocado o lançamento, talvez um dos momentos mais emblemáticos da música pop não tivesse acontecido.

 

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