Ainda mantendo o frio do sábado (6), o clima do segundo dia de The Town trouxe nuvens no céu, garoas finas pelo caminho e uma procissão de pessoas vestindo camisetas de banda.
De Bad Religion a Iron Maiden, público do festival apostou em homenagem ao line-up utilizando outro acessório: a gravata vermelha.
Tal escolha remete ao figurino de Billie Joel, ícone do Green Day. Um dos visuais mais marcantes do músico é look com camisa preta, olhos marcados por lápis preto e gravata vermelha. A imagem ganhou repercussão com o álbum “American Idiot” (2004), um dos mais celebrados do grupo.
Milena Morais, 27, roubou a gravata do pai para compor o outfit. “Eu não queria uma camiseta básica, então tive essa ideia para homenagear a banda”.

“Eu vou vim vestida de Billie Joe porque vou casar com ele. Mas ele ainda não sabe”, brinca Luana Freire, 28, engenheira civil, com sua gravatinha e vestida de preto.

“Na verdade, ‘Wake Me Up When September Ends’ marcou minha adolescência porque fala de perdas e eu estudava o inglês dela com a minha mãe. Foi um luto para ele e um aprendizado pra mim”, conta.
Os amigos Thomas Lankszner, 18, e Gabriel Martins, 19, vieram de Ponta Grossa, Paraná, para especialmente assistir Green Day. “Sou muito fã do Billy Joel e me identifico muito com ele. O que mais admiro é a postura dele com relação à política”, revelou Gabriel.

Esse também é o caso de Matheus Borges, 29. Acompanhado do amigo de infância Matheus Martins, 28, e de Niela Silva, 28, eles dirigiram cerca de três horas para vir ao festival. “Curto demais o estilo de vida dele. Admiro a sua forma de pensar e seu ativismo. Acho incrível como ele coloca as causas que luta nas suas músicas”. Esse é o segundo show da banda que o marqueteiro acompanha.
Mas, além da vestimenta preta, comum para a maioria dos roqueiros, não foi difícil avistar pontos coloridos na multidão. Cabelos de todas as cores chamaram atenção pela Cidade da Música.
Carolyne Brito, 27, stylist e criadora de conteúdo em @agarotadoxadrez ostentou madeixas em tons de amarelo, vermelho e laranja, se destacando nos morro do palco The One.

Ela contou que tem mechas no cabelo desde os 12 anos e pintou-o cmpletamente aos 15. Desde então ela já teve quase todas as cores mas sonha em deixá-lo como um arco íris. “Minhas inspirações foram a Mari Moon e a Avril Lavigne. Acho que o cabelo colorido é uma forma de mostrar minha personalidade e tudo o que ouço, do Green Day a Katy Perry”. A paulista veio pronta para brilhar e entregou uma maquiagem cheia de estrelas no rosto.

A psicóloga Priscila Sarpe, 28, por sua vez, passeou pelo Autódromo de Interlagos com seu cabelo roxo. Ela o mantém na mesma cor há pelo menos três anos e não tem vontade de mudar.








