The Town: Frio nada! Jovens de regata apostam na energia
Bate-cabeça vira aquecedor natural no primeiro dia de shows
Durante o primeiro dia de The Town neste sábado (6), a sensação térmica no Autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo, estava na casa dos 13 ºC. Frio, vento e a enorme possibilidade de chuva não impediu de alguns corajosos comparecerem com camisetas regatas.
Num primeiro momento, a vestimenta pode assustar: usar uma peça própria para o colar num evento onde o frio deve prevalecer é de fazer a pessoa automaticamente virar aquela avó que não tira da boca a frase: mas e o casaquinho?
Porém, os fãs presentes no dia com line-up dominado pelo trap tinham uma boa justificativa: as rodas punk/mosh pit/bate-cabeça.
Como um dos nomes sugere, a arte consiste na bateção de cabeça dos fãs, que formam uma roda de pessoas que ficam ali, meio brincando, meio dançando de se digladiar. E é por isso que a camiseta regata cabe tão bem.
“Entre um show e outro o corpo até dá uma esfriada, mas é muito rápido”, explica Marcos Alexandre, de 24 anos, que conversou com a reportagem da Billboard Brasil correndo (literalmente) para o palco principal do evento, onde Filipe Ret se apresentaria.
Travis Scott, headliner do dia, tem um show consagrado pela “energia” do público. Caio Gabriel, 22, como a imagem que abre esta matéria mostra, estava com uma simples regata.
Ao ser perguntado se não se preocupava com a queda da temperatura (que já estava baixa) no período noturno, ele pareceu surpreso com a pergunta do repórter.
“Pô, nem casaco eu trouxe. Tu sabe o que é bate-cabeça? [respondo que sim]. Olha como estava do Teto? [mostra imagens da aglomeração no celular]. Eu que comecei, a galera foi junto. Não vou passar frio com esses shows, tenho certeza”.








