A Tardezinha, projeto que hoje domina estádios e move multidões pelo país nasceu de forma despretensiosa há dez anos.
Antes de ser considerada a maior turnê do país, e neste ano patrocinada pelo Bradesco, a Tardezinha começou como um projeto intimista, apenas para ocupar os domingos de Thiaguinho, que tinha um compromisso profissional no Rio de Janeiro lá em meados de 2015.
“Estávamos tomando um vinho em casa e comentei com o Thiago sobre a possibilidade de aproveitar os domingos à tarde que ele teria livre. Foi assim que nasceu a ideia, algo bem intimista mesmo. E ele nem seria o protagonista, tá? A ideia era que ele aproveitasse, não cantasse”, explica Rafael Zul, em entrevista para Billboard Brasil.
Na época, a afirmação de que o projeto se tornaria imenso parecia distante da realidade, já que a estrutura inicial era voltada para um público de apenas 600 pessoas.
Mais do que uma estrutura logística robusta, a Tardezinha é um projeto forjado na amizade. A simbiose entre os realizadores, incluindo os sócios Rafael Zulu e Thiaguinho, é um grande diferencial.
“A Tardezinha é um projeto forjado na amizade. A simbiose que eu tenho com o Thiago é o que sustenta tudo isso. Ver dois homens pretos no palco, se amando, sendo parceiros e felizes, é uma das coisas que mais gera identificação e afeto no nosso público”, completa Zulu.
A conexão entre artistas pretos que demonstram afeto e parceria no palco estabeleceu um diferencial emocional que atravessa o coração dos fãs e cria uma atmosfera de “quintal de casa”, mesmo dentro de grandes arenas.
A virada de chave ocorreu nos últimos quatro anos, quando a credibilidade e a excelência da entrega técnica forçaram o mercado publicitário a reconhecer o potencial do evento.
Atualmente, a Tardezinha consolidou-se como uma plataforma multifacetada: além de entretenimento, o projeto gera milhares de empregos e investe em responsabilidade social, financiando, por exemplo, escolas de música em comunidades do Rio de Janeiro. O que era um evento de domingo tornou-se a turnê mais bem-sucedida da história do país.








