Seja qual for o pagode, Léo Santana sempre ‘joga em casa’
Seu novo projeto 'paGGodin' romete fazer sucesso em mais um Carnaval
Um dos grandes temas do Carnaval são as listas de música que vai embalar uma das festas mais tradicionais do país. E, há dez anos, um artista aparece de forma recorrente no elenco de sucessos: Léo Santana.
Desde que decidiu seguir em carreira solo após comandar o grupo Parangolé, a relação do cantor com o pagode, aquele consagrado por terras cariocas e paulistanas, é de longa data.
Seu primeiro single, “Fenômeno“, foi composto por Rodrigo Fernando Amaral Silva, o Rodriguinho, dos Travessos e do “BBB 24“.
Mas em seu novo projeto, “paGGodin – Ao Vivo Vol. 1“, o cantor se joga de vez numa zona que, para ele, não tem perigo nenhum. São 15 faixas do melhor que o pagode brasileiro pode oferecer.
O carro-chefe é “Ela Terminou no WhatsApp”. A música que abre os trabalhos é uma parceria com Ludmilla é um pagode com bons metais e uma letra típica de superação amorosa. Combo perfeito.
Com uma carreira consolidada, Léo Santana arrisca em trabalhos inéditos. Isso, claro, com segurança de quem sabe que “nesse calorão, o meu pagodão vai tocar aí no seu barraco” – como versa na música “Cola Comigo e Desce Gelo“.
No entanto, o alicerce dos sucessos antigos é importante. Além de grandes sucessos do pagode, como o pot-pourri “Beijo Doce / Jeitinho Manhoso / Ajoelhou Tem Que Rezar”, o cantor traz duas faixas só com sequências de clássicos da Bahia.
Na parte um do projeto gravado no Rio de Janeiro, as participações são de Ludmilla e Ferrugem. O cantor ainda trará para o palco Thiaguinho, Xande de Pilares e Renanzinho CBX.
Léo Santana é pagodeiro!
Interessante notar que as músicas de Léo Santana sempre estiveram presentes em rodas de samba pelo Brasil. Desde “Abana“, dos versos “Abana que o pretinho tá mal / Abana que a pressão baixou”, lá do seu início em 2014, até mesmo “Posturado e Calmo“, um dos seus sucessos mais recentes que nasceu no pagodão baiano e ganhou as mais diversas releituras.
Em 2019, o grupo Menos É Mais conquistou o Brasil com a regravação dos sucessos “Melhor eu ir / Ligando os Fatos / Sonho de Amor / Deixa eu te querer“. Quatro anos depois, o pot-pourri segue em alta nos charts – no Billboard Brasil Hot 100, a música ocupa 95ª posição.
Mas, desde então, o pagode, um dos gêneros mais populares do país, vem passando uma transformação. O novo se dá com alianças com outros gêneros e recebendo artistas do pop, do forró, do axé e do sertanejos para parcerias.
No caso de “paGGodin”, seria impreciso dizer que agora o cantor está mergulhando nesse mar. Porém, é justo dizer que esse é o grande trabalho do GG com um pandeiro na mão. Sendo assim, ao que tudo indica, teremos Léo Santana estará mais uma vez entre os cantores mais ouvidos no Carnaval, mas dessa vez com um pagode diferente.
