Rapper Chefin é alvo de operação da Polícia Civil no Rio de Janeiro
Ação buscava influenciadores que anunciavam rifas e sorteios nas redes sociais
O rapper Chefin e mais dois influenciadores foram, na manhã desta quarta (17), alvos de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra sorteios e rifas falsos. O grupo é investigado por estelionato, crime contra a economia popular e associação criminosa. Segundo a polícia, o esquema movimentou pelo menos R$ 15 milhões. O MC é autor de “10 Carros”, canção que já esteve entre as dez mais ouvidas no Billboard Brasil Hot 100.
Levaram meu cordão tô Tristão
— Mais Novo (@euchefin23) April 17, 2024
Segundo as investigações da Delegacia do Consumidor (Decon), o rapper faz parte de um esquema que prometia prêmios como dinheiro, celulares, carros e apartamentos de alto padrão que, no entanto, jamais foram entregues. Os investigados manipulariam os sorteios e controlariam os resultados, garantindo assim lucros milionários que são investidos na compra de veículos de alto luxo e mansões.
Pelo stories, o MC atacou a “mídia” e se justificou alegando ter doado o cordão (famoso pelo ícone de trevo de quatro folhas) e que o item não foi entregue porque a rifa ainda não havia acabado. “Bagulho tá mó paz aqui em casa. Nada pra falar dos caras [dos policiais]. Fora a mídia. É sempre a mídia que pega um negócio assim e transforma em um bagulho pá. Os caras levaram o cordão para averiguação. Pra quem tá pensando ‘ah, faz rifa ilegal!’… Caô, mano. Nóis não tem porque fazer isso até porque não vai nos levar a nada. A mídia sempre vai tirar nóis pra nada”, protestou.
Depois de compartilhar as imagens da apreensão do cordão, o rapper voltou a se defender. “Eles alegaram que nós escolhemos os ganhadores. A rifa não acabou. O problema é que quando a gente posta o link, o site sempre cai porque dá muita gente acessando. Por isso que eu nem tava falando muito aqui da rifa”. A investigação realizada pela Decon aponta que o grupo vendia rifas dos mais diversos itens, como celulares, veículos de luxo, prêmios em dinheiro e até mesmo apartamentos. Entretanto, os bens mais valiosos eram “entregues” para comparsas e os vídeos publicados em seus perfis nas redes sociais.
Os mandados de busca estão sendo cumpridos nas casas dos investigados, em bairros nobres do Rio de Janeiro e Niterói, além de São Gonçalo e Magé. Os investigados respondem pelos crimes de jogo de azar, crime contra a economia popular e associação criminosa, além de outros crimes que podem ser apurados ao longo da investigação, como lavagem de dinheiro