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Rafa Dias, da DiaTV: audiência no digital, experiência na sala de casa

Rafa Dias, da DiaTV: audiência no digital, experiência na sala de casa

Fundador e diretor-geral da DiaTV fala sobre a transformação da televisão

No episódio mais recente do Cabos e Cases, Scappini, cofundador da Billboard e da Mynd, conversa com Rafa Dias, fundador e diretor-geral da DiaTV, a primeira TV feita por criadores de conteúdo no mundo. Gravado durante o Influent Summit, o papo girou em torno da transformação da televisão, da relação com a música e dos bastidores da curadoria de talentos que compõem a programação do canal.

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Rafaela Alves, CDMO da AlmapBBDO (Reprodução/YouTube)

Participante de um painel sobre “TV antiga e TV 3.0” no evento, Rafa destacou a mudança de paradigma no consumo audiovisual: “Cada vez mais pessoas compram smart TVs e conectam elas no wi-fi, ao invés de depender de antena e decoder. Estamos vivendo uma transformação em que o público leva para a sala o conteúdo que já consumia no digital.”

Segundo o diretor, a lógica da televisão conectada coloca a audiência no centro. “Não tem como você ligar sua Smart TV e não ver a chamada de um programa da Dia. Isso é maravilhoso, porque a prioridade é sempre o que o público quer”, disse.

A relação da DiaTV com a música também foi tema da conversa. Rafa contou que, embora o canal seja visto como uma vitrine para artistas divulgarem lançamentos, esbarra em desafios de direitos autorais no ambiente digital: “Já quis criar um canal só de música, mas é muito complexo. Um vídeo pode ser bloqueado em vários países, e a cadeia de liberações é difícil de resolver. Ainda assim, temos o Noite Studio, que recebe artistas para jams ao vivo, e esses momentos são únicos.”

O executivo lembrou que até um funk feito por um fã precisou de três semanas de negociação para ser exibido: “É a má notícia: não dá para usar música de forma tão simples. Mas a boa notícia é que a cadeia está estruturada e organizada, e um pedaço da receita chega para o autor.”

Rafa também falou sobre os formatos originais da DiaTV, como realities e programas de entrevista, além da curadoria de novos nomes para a grade: “Sempre foi muito pautado naquele conteúdo que eu gostaria de assistir. Hoje isso cresceu para o que todos os diretores da Dia gostariam de assistir. Mas ainda há uma responsabilidade sobre o que estamos oferecendo.”

Para ele, a TV segue atraindo talentos — e a fila é longa. “Muita gente se oferece, inclusive nomes gigantes do offline. Até agora não fizemos esse movimento, mas quem sabe um reality para descobrir talentos que saem do off e chegam ao on?”, provocou.

Não à toa, grandes players recorrem à DiaTV para se conectar ao público digital. Rafa citou parcerias com Disney, Netflix e a própria Globo, destacando como esses movimentos confirmam a força do canal. “A Disney nos contratou para divulgar uma série, e a Globo também chamou a Dia para projetos especiais. Isso mostra que, no final, importa onde está a audiência. E a nossa está toda no digital, mas também na sala de casa.”

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