Você está lendo
Rachel Reis faz (mais um) bom show que ninguém do The Town viu

Rachel Reis faz (mais um) bom show que ninguém do The Town viu

Baiana foi mais uma desperdiçada por atmosfera fria do festival

Rachel Reis fez, neste domingo (14), último dia de The Town, show que cria ainda mais questionamentos sobre o formato dos grandes festivais no país.

VEJA TAMBÉM
Imagem do The Tower, nova experiência do The Town

Novidade já há muito manjada por quem está ligado no pop brasileiro, a baiana levou ao festival paulistano um capricho na perfomance musical que foi rara nos palcos principais do evento (MC Livinho, por exemplo, lotou o local com show sem capricho musical para o nome “Soul e Funk” que trazia no palco).

Alocada no palco Factory, um palco de passagem da romaria de pessoas que circulam entre os palcos The One e Skyline —e que abrigam os nomes mais conhecidos do lineup.

👉 Qual foi o melhor show do The Town? Vote aqui 📲🔥

Como foi o show de Rachel Reis no The Town

Apresentando canções dos álbuns “Meu Esquema” (como o hit “Maresia” e “Pelo”) e “Divina Casca” (como o pagodão “Apavoro”), ela foi vista por poucas testemunhas e ouvida sem interesse pelos que tentavam encontrar o show do colombiano J Balvin.

Com elegância, Rachel e banda deram pressão em um palco que também sofreu com pobre curadoria e, simultaneamente, baixo proveito artístico de nomes que nele foram escalados.

Se a frieza está se tornando uma marca do humor do festival, seja pelo clima ou pelo público mainstream que cultiva, o The Town poderia encontrar formas mais interessante de escalar e apresentar nomes brasileiros que não estão no alto escalão do mercado.

Palcos como o Factory e o São Paulo Square não engajam e acabam virando uma experiência qualquer no festival. Ninguém viu também Claudette Soares e Alaide Costa e outros nomes que parecem curtir a homenagem da escalação, mas não sentem nenhum retorno do publico.

Sem ter o que fazer em relação a isso, Rachel Reis botou pagodão e fez um dos melhores shows deste último fim de semana de The Town.

Festivais pelo mundo afora já abandonaram esse modelo de entender revelações pelo tamanho no mercado, mas sim pelo que podem causar de impacto em palcos desafiadores.

Aqui no país, quase sempre, os bons shows de artistas “alternativos” —mas que rodam e rodam nas playlists do público de festivais como o The Town—continuam sendo relagados ao plano C e D.

No sábado (13), a sensação Liniker deu as caras no festival. Não era com show da turnê “Caju”, uma das mais prestigiadas do momento no pop brasileiro, mas sim como fã e amiga de Ivete Sangalo (um dos grandes shows da edição). É pouco para tanto dinheiro investido.

Todo mundo perde.

Mynd8

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
Publicado pela Mynd8 sob licença da Billboard Media, LLC, uma subsidiária da Penske Media Corporation.
Todos os direitos reservados. By Zwei Arts.