Ouça ‘War Pigs’, com dueto inédito de Ozzy Osbourne e Rob Halford
Faixa póstuma do Black Sabbath tem dueto histórico de Halford.
A aguardada colaboração póstuma entre Ozzy Osbourne e Rob Halford foi finalmente lançada. A versão de “War Pigs“, clássico de 1970 do Black Sabbath, que o Judas Priest já usava para abrir seus shows há algum tempo, chegou às plataformas nesta quinta-feira (25), concretizando uma homenagem a um dos fundadores do heavy metal.
A ideia para o dueto surgiu de Sharon Osbourne, empresária e esposa de Ozzy, que procurou Halford com uma proposta. “Ela disse: ‘Eu amo a sua versão de ‘War Pigs’. Há uma maneira de conseguirmos o Ozzy?’ E eu respondi: ‘Você está me perguntando? Isso vai acontecer!’”, contou o vocalista do Judas Priest em entrevista ao podcast “Full Metal Jackie”.
Halford revelou que a faixa é estruturada em um dueto de versos: “Ozzy canta um verso, eu canto outro, ele volta a cantar e eu sigo”. Para o cantor, esta é a primeira vez em sua vida inteira que consegue fazer um dueto com Ozzy, algo pelo qual ele se sente “eternamente grato”. A experiência sonora é, para Halford, “colossal”. “Você pensa que já ouviu a experiência de ‘War Pigs’ do Priest, mas quando escuta o Priest com Ozzy cantando, vai para um lugar realmente especial”.
A homenagem se torna ainda mais emotiva após a morte de Ozzy Osbourne em 22 de julho, aos 76 anos. Halford relembrou que ficou devastado por ter perdido o show final do amigo em Birmingham, realizado em 5 de julho, devido à agenda dupla do Judas Priest, que tocava com o Scorpions na Alemanha no mesmo dia. O Judas Priest chegou a lançar uma versão ao vivo do hino anti-guerra antes do evento “Back to the Beginning”.
Sobre a notícia da perda, Halford, de 74 anos, relatou o impacto: “Eu apenas desliguei o telefone no meu quarto de hotel… e me encolhi, chorei por horas”. No entanto, Halford enfatizou o lado humano de Ozzy fora dos palcos, descrevendo o “Príncipe das Trevas” como alguém generoso e próximo dos fãs em suas interações. “Sempre que ele me via, perguntava: ‘Você se divertiu? Foi bom?’. Ele dava tudo no palco, mas esse carinho também existia fora dele”.








